Morreu na madrugada desta segunda-feira, 4 de maio, no Rio de Janeiro, o cronista e compositor Aldir Blanc Mendes. Considerado um dos maiores letristas da história da música brasileira, ele tinha 73 anos e estava internado desde 15 de abril na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário Pedro Ernesto, para tratamento de covid-19. No dia 10, havia dado entrada no Hospital Municipal Miguel Couto com infecção urinária e pneumonia.
Segundo a filha, Isabel Aldir, o estado de saúde do pai se agravou no dia 14. Cinco dias depois, a partir de uma campanha de amigos e artistas para conseguir um leito na rede pública de saúde do Rio, Blanc foi transferido para o Hospital Pedro Ernesto. Na unidade, chegou a apresentar sinais de melhoras, mas como seu estado era muito grave, foi mantido sedado o tempo inteiro.
Aldir Blanc, nasceu no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro, em 2 setembro de 1946. Em 1996, ingressou na Faculdade de Medicina, especializando-se em Psiquiatria. Em 1973, abandonou a carreira médica para se tornar um dos mais importantes letristas da música brasileira. Mas já tinha música de sucesso, caso de Amigo é Pra Essas Coisas (com Sílvio da Silva Júnior), de 1970. Blanc é autor de vasta obra musical e literária, como “O Bêbado e a Equilibrista”, feita com João Bosco e eternizada na voz de Elis Regina.