
A enfermeira Dorilene Lima, de 38 anos, descobriu que tinha hiperlactação depois do nascimento do filho Pedro Guilherme. A mulher produzia cerca de 30 potes de 300 ml por dia, sendo um a cada três horas. Além da criança, a enfermeira pode alimentar vários outros bebês que estavam cadastrados no Banco de Leite Humano de Macapá. “Só no primeiro mês de amamentação foram cerca de 12 litros de leite. Meu bebê tinha dificuldade de amamentar. Ele consumia entre 3 ml e 5 ml, enquanto eu produzia até 30 ml por retirada, de cada mama”, relembra.
A gravidez foi muito problemática, mas a mãe se orgulha de ter passado por tudo. “Além de ter enfrentado problemas com a perda do líquido amniótico [fluido que envolve o embrião] e edemas. Quando o Pedro nasceu, ainda teve parada cardíaca de 20 minutos e ficou entubado, ele não mamava e eu não parava de produzir leite”, diz.
“O leite materno é o principal alimento para recém nascidos pré-maturos. Não podia jogar fora”, explica a atitude emocionada em entrevista ao G1. A enfermeira conseguiu ajudar com mais ou menos 120 litros de leite materno e mesmo depois da gravidez, continua engajada na causa. Ela, inclusive, participou de palestras no Dia Internacional da Doação de Leite Materno em maio, falando sobre sua experêriencia e incentivando outras mães a fazer o mesmo.
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