Nos Estados Unidos, a Justiça de Utah condenou uma mulher a fornecer fotos íntimas dela mesma para o ex-marido. Lindsay Marsh pediu o divórcio em abril de 2021, após 25 anos de união com Christopher Marsh. Um dos itens disputados durante a divisão de bens eram fotos que ela deu ao então companheiro no início do casamento. Algumas das imagens continham mensagens destinadas ao atualmente ex-companheiro.

À emissora KSL-TV, a mulher afirmou que a posição do juiz é uma violação. “Você não sabe como se virar porque não conhece a lei. Estão me forçando a basicamente distribuir pornografia. O advogado do meu ex e o juiz também acham essa decisão ok”, disse a ex-esposa. O ex-marido então afirmou que só quer as mensagens contidas nas fotos, pois “eram notas escritas numa época em que Lindsay queria dizer o que ela escreveu. Eram momentos de amor”.
Em julho, um juiz do condado de Davis determinou que Christopher Marsh receba as fotos, mas com algumas condições. As imagens devem ser devolvidas ao fotógrafo que as produziu para que ele as censure, mas mantenha as inscrições visíveis “por causa da memória”. A informação é do site de notícias Insider.

O fotógrafo, que é um amigo próximo de Lindsey, no início se recusou a editar as fotos, argumentando que poderia prejudicar o seu negócio, levando o juiz a determinar que outro profissional, desconhecido de Lindsey, fizesse o serviço de censura das imagens. “O juiz me ordenou que eu entregue fotos nuas do meu corpo a terceiros que eu não conheço e sem o meu consentimento?”. Após a repercussão, ele concordou em mudar as fotos. De acordo com o The Tribune, o amigo alterou digitalmente as fotos e colocou faixas pretas sobre o corpo de Marsh, preservando as mensagens.