Arthur Araújo Lula da Silva, de apenas 7 anos, morreu no dia 1 de março depois de dar entrada no Hospital Bartira, do grupo D’Or, em Santo André, com febre alta. Na ocasião, o diagnostico dado ao garoto foi meningite meningocócica, confirmado pela assessoria do hospital. Porém o deputado federal Alexandre Padilha, ao apurar o caso e tentar tender melhor sobre o vazamento das informações do estado de saúde do garoto, chegou a conclusão que o neto do ex-presidente Lula não registrava a bactéria no corpo, isso significa que o diagnostico divulgado estava errado.
De acordo com a revista Fórum, durante o velório, o deputado federal descobriu que a família de Arthur estava com dúvidas em relação ao diagnóstico dado e afirma que uma médica que estava acompanhando o caso, que também era amiga dos familiares, constatou que a tomografia da criança estava normal e não havia sinais de meningite.
Vale lembrar que Alexandre é medico e especialista em infectologia pela Universidade de São Paulo e por isso, solicitou ao hospital que fizesse diagnóstico completo do que aconteceu com Arthur. Logo depois do carnaval os resultados foram entregues e a resposta se confirmou: “Arthur não morreu de meningite meningocócica. Não posso dizer do que ele morreu, porque a divulgação disso é uma decisão da família. Mas posso afirmar do que não foi. O agente etiológico não é o meningococo”, disse Padilha, de acordo com o Fórum.
Um dos principais problemas causados pelo falso diagnostico dado ao menino foi o pânico que gerou nos pais e familiares, já que Arthur era vacinado.
Fique de olho!
Quais os sintomas da doença?
Os sinais iniciais da doença, como febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito, são iguais a de doenças menos agressivas como o resfriado e outras doenças virais. Só depois que o paciente pode apresentar manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz. Os bebês em fase de aleitamento materno apresentam um quadro diferenciado. Por isso, deve-se observar: febre, irritabilidade ou agitação, gemido de dor ao mexer em suas pernas, recusa alimentar, vômitos, convulsões e o surgimento de uma protuberância arredondada no topo da cabeça do bebê.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico inicial é clínico, com exame físico, feito por exclusão, já que os sintomas iniciais não são tão específicos. O diagnóstico laboratorial tem resultado entre 1 e 3 dias. Quando há suspeita clínica de doença, no entanto, o início do tratamento deve ser imediato e não deve aguardar o resultado dos testes.
Como se proteger?
O Ministério da Saúde afirma que a vacinação é uma das melhores formas de proteção não só contra meningite, mas também outros tipos de problemas de saúde. Além de causar morte entre 24 e 48 horas após a manifestação da doença, a meningite bacteriana pode causar deficiências sérias e permanentes. Por isso, é importante que o tratamento seja feito de forma rápida. Se você ou alguém da família tiver algum dos sintomas citados anteriormente, não deixe de procurar o médico.
Atualmente, no Brasil, existem dois tipos de vacinas meningocócicas:
– Vacina meningocócica do grupo C conjugada: indicada a partir de 6 semanas de vida com uma dose de reforço após 1 ano de idade. Poderá ser realizada mais uma dose de reforço entre 5 e 6 anos de idade, de acordo com orientação médica. Pessoas com mais de 1 ano recebem dose única (ela pode ser aplicada em qualquer faixa etária).
– Vacina meningocócica quadrivalente (ou tetravalente conjugada): protege contra os meningococos dos grupos A, C, W e Y. Indicada para pessoas com mais de 11 anos e deve ser aplicada em dose única.
Leia também:
Neto do ex-presidente Lula morre de doença grave aos 7 anos
Meningite meningocócica: entenda a doença que levou o neto de Lula à morte em poucas horas