Fascinante! Em dezembro, Mikhail Neretin, filho de um biólogo molecular que atua na Estação Científica do Mar Branco, mantida pela Universidade Estatal de Moscou no Ártico avistou a neve brilhando com luzes no tom azul. O fenômeno foi se espalhando conforme andavam pela superfície nevada.
“Nós ficamos pisando juntos no chão por umas duas horas para fazer as manchas brilharem mais”, afirmou o jovem, que convidou o fotógrafo da estação, Aleksandr Semenov para registrar o momento.
A neve foi levada para análise, e descobriram que há diversos pequenos crustáceos bioluminescentes chamados copépodes. Essa é uma Metridia, fenômeno especial comum na região do Ártico, Atlântico Norte e no Pacífico.
Essa espécie são normalmente encontradas em lugares mais distantes da costa, se tornando mais visível na superfície da água no período da noite.
As luzes ocorrem devido a luciferina, substância que oxida e muda de cor, tornando-se brilhando ao sentir o oxigênio. Essa reação é uma proteção, como forma de distanciar potenciais predadores.
“Os crustáceos encontrados na neve já estavam ligeiramente desbotados, mas vivos”, afirmou Ksênia Kosobokova, especialista em zooplâncton marinho do Ártico da Academia Russa de Ciências em Moscou. Ele também acredita que esses Metridia foram carregados por uma corrente que passa, anualmente, pela costa do Mar Branco no final do ano.