Uma brasileira, mãe de quatro filhos, lançou uma acusação contra Neymar, ex-estrela do Paris Saint-Germain, exigindo uma indenização substancial de €368 mil (R$1,9 milhão) por supostamente ter trabalhado para ele sem registro oficial na França, segundo uma reportagem do jornal francês Le Parisien.
A mulher, que vivia no país sem documentos legais, afirma ter trabalhado sete dias por semana, durante quase dois anos, sem ser registrada pelo jogador. Ela alega ter enfrentado condições de trabalho desumanas, incluindo um horário de trabalho excessivo, sem pagamento de horas extras, ausência de licença remunerada e acompanhamento médico. A situação descrita lembra, segundo o jornal Le Parisien, um cenário de “escravidão moderna”.

O caso remonta à festa de aniversário de Neymar em 2019, quando a mulher foi recrutada como ajudante de cozinha por um integrante da comitiva do jogador. Posteriormente, em 2020, teria sido chamada para trabalhar regularmente para Neymar. Durante o período em questão, ela cuidava dos afazeres domésticos e também fazia as unhas da namorada do jogador.
A empregada grávida alega ter sido obrigada a trabalhar até duas semanas antes do parto e, após o nascimento do bebê, ter sido deixada sem assistência, levando-a a buscar ajuda em organizações de caridade locais para abrigo e alimentação.

Os advogados da mulher enviaram uma carta registrada à residência de Neymar, buscando um acordo, mas não receberam resposta. Eles agora buscam ações legais e alegam que o jogador explorou a vulnerabilidade da cliente, impondo condições de trabalho degradantes.
A Rádio França Internacional tentou contato com a mulher, porém, ela não concedeu entrevista, estando profundamente abalada com o ocorrido. Nellma Barretto, presidente de uma associação que auxilia mulheres em situações precárias, condenou veementemente a situação, chamando-a de exploração humana.
O caso agora está nas mãos da justiça, com os advogados considerando tomar medidas legais necessárias para o caso.