
A cantora sertaneja Thaeme deu à luz sua primeira filha no sábado (20), na Maternidade São Luiz, em São Paulo. Liz é fruto do relacionamento com o empresário Fábio Elias e nasceu às 17h37, através de uma cesárea humanizada, pesando 2,850 kg. A bolsa da cantora estourou às 3h da manhã e Thaeme tentou até onde foi possível fazer o parto normal, seu desejo inicial.
Para dar as boas-vindas à menina, a cantora postou uma foto linda em seu Instagram e se declarou para a filha: “Seja bem vinda a nossa vida, amor! Liz… Meu Deus é abundância… Meu Deus é juramento! Que Papai do céu te abençoe e proteja sempre! Te amamos mais que tudo!”, escreveu a cantora na legenda da foto.
Conversamos com o nosso colunista, Dr. Rodrigo Rosa, pai de Giovanna, médico obstetra responsável pelo parto da Thaeme, para entender como foi todo o processo de gestação e saber os detalhes do nascimento de Liz:
Como foi acompanhar o processo da gravidez da Thaeme?
A Thaeme já teve um aborto anterior. Ela não era minha paciente na época, mas veio logo depois disso. Fizemos todos os exames e descobrimos que o diagnóstico era de trombofolia. Eu disse que ela poderia engravidar novamente e dois meses depois, já estava esperando a Liz. Thaeme queria muito o parto normal e deixar a filha escolher quando fosse nascer. Na 39° semana e 1 dia a bolsa rompeu, mas ela não entrou em trabalho de parto logo em seguida, isso só aconteceu 24 horas depois. Tentamos por horas, a Thaeme teve uma deslocação de 7 cm, mas precisava de 10 cm. Como ela já estava muito cansada, optou por fazer uma cesárea.
Visualizar esta foto no Instagram.Uma publicação compartilhada por Rodrigo da Rosa Filho (@dr.rodrigorosa) em 21 de Abr, 2019 às 9:30 PDT
O trabalho de parto realmente durou 39 horas?
Não! O marido dela publicou uma foto dizendo que todo o processo durou 39 horas e os veículos não entenderam o que ele quis dizer. O que aconteceu foi que a bolsa estourou e só depois de 24 horas ela entrou em trabalho de parto, daí foram mais 14 horas tentando ter a Liz, sendo 10 horas de fase ativa, isto é, contrações mais rítmicas e o colo já tinha passado de 4cm.

A Thaeme já tinha perdido um filho e foi uma fase muito difícil para ela. Como foi lidar com todas as expectativas e ter essa responsabilidade do bebê arco-íris?
Não é fácil, porque quando temos esse histórico, qualquer mínimo sintoma a paciente fica mais preocupada. É normal que ela faça mais ultrassons e exames do que as outras. Ela só ganha confiança conforme passam as fases da gestação e cabe ao médico entender e deixar a paciente tranquila para que ela tenha segurança e que supere os medos e traumas. A Thaeme estava muito ansiosa, mas ela quis aguardar o parto normal. Então mesmo nessas situações, ela tinha confiança. A ansiedade faz parte, é normal, ainda mais para quem teve uma perda anterior.
Como funciona a cesárea humanizada?
A humanização do nascimento é basicamente o respeito das decisões do paciente, não importa as vias de parto. Na cesárea da Thaeme, respeitamos o que ela queria para o nascimento da filha. Por exemplo, um ambiente mais calmo, música agradável que foi escolhida pelo casal. Abaixamos o campo cirúrgico para que ela pudesse ver a Liz nascer e, logo na sequência, a menina foi para o colo da mãe e toda a avaliação foi feita lá mesmo. A amamentação também acontece na primeira hora de vida e assim por diante. O importante é estimular o vínculo da mãe com o bebê e trazer essa criança da forma mais acolhedora possível, respeitando o desejo da mãe.

Existe algum tempo máximo para ficar no trabalho de parto?
O tempo do trabalho de parto varia de 8 a 16 horas e depende muito de cada caso. Não existe um horário limite, quando a gente vê que não está indo, mudamos a estratégia. Existem também mudanças de protocolos para ver se muda esse padrão e a mãe pode decidir ir para a cesárea se ela se sentir cansada.
Existe alguma diferença na assistência que você dá para as mães famosas e para as pacientes que vão ao seu consultório normalmente?
Claro que não. Acredito que o segredo é esquecer que ela é famosa ou qualquer outra das pacientes conhecidas. Eu atendo como se fosse qualquer outra mãe. É uma relação médico e paciente e não tem diferença, até porque, se eu ficar pensando que ela é famosa, posso perder a conduta médica.
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