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OMS alerta para possível pandemia de Mpox e explica estratégia de imunização

O Brasil é o segundo país com mais casos de monkeypox - (Foto: Shutterstock)
(Foto: Shutterstock)

Publicado em 15/08/2024, às 11h24 por Vitória Souza, Filha de Amailton e Vania


A imunização contra a mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, deve priorizar grupos de risco para formas graves da doença e profissionais de laboratórios. O Brasil adquiriu 49 mil doses e aplicou quase 30 mil.

Apesar da emergência sanitária global declarada, a vacinação contra a mpox não requer uma estratégia de imunização em massa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas indivíduos em risco, como aqueles que tiveram contato próximo com uma pessoa infectada ou pertencem a grupos de alto risco, sejam considerados para a vacinação.

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OMS faz reunião de urgência devido a monkeypox (Foto: iStock)

A transmissão da mpox historicamente tem se concentrado em grupos populacionais específicos. No Brasil, a campanha de imunização começou em março de 2023, inicialmente focada em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), profissionais de laboratórios expostos ao vírus e pessoas que tiveram contato direto com fluidos corporais de pessoas suspeitas.

Em junho do mesmo ano, uma nota técnica ampliou o programa para incluir usuários da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), permitindo que vacinas não utilizadas pela PVHA fossem aplicadas em pacientes que usam PrEP.

Das 49 mil doses disponíveis no Programa Nacional de Imunizações (PNI), apenas 29.165 foram aplicadas até o final de junho, conforme dados do Ministério da Saúde obtidos pelo g1. O ministério afirmou que "caso novas evidências demonstrem a necessidade de alterações no planejamento, as ações necessárias serão adotadas e divulgadas".

Monkeypox
Monkeypox - Foto: iStock

Especialistas apontam que a baixa aplicação das doses deve-se à má condução da campanha de vacinação e à baixa procura pelo imunizante, especialmente durante o surto de 2022. "A vacinação pode prevenir novos casos e ajudar a controlar a situação antes que se agrave. No entanto, a implementação precisa ser eficiente e bem direcionada", destaca Rico Vasconcelos, infectologista do Hospital das Clínicas da USP. Em 2024, foram registrados 709 casos de mpox no Brasil, com 16 óbitos, sendo o mais recente em abril de 2023.

Existem três vacinas contra a mpox no mundo, mas duas são recomendadas pela OMS: ACAM2000 (Sanofi Pasteur) e Jynneos (Bavarian Nordic). Nenhuma delas está amplamente disponível.

Após os atentados de 11 de setembro, os EUA lançaram uma campanha com a ACAM2000 para militares e trabalhadores de saúde, encerrada posteriormente. Tanto o UKHSA quanto os CDC ressaltam que esses imunizantes podem ser usados para controlar surtos de mpox. No Brasil, a vacina Jynneos/Imvanex é autorizada para uso emergencial pelo Ministério da Saúde.

Critérios para Vacinação:

Mpox
A vacinação em massa não é recomendada no caso do vírus Mpox (Foto: Freepik)

No Brasil, seguindo os critérios da OMS, a vacinação é focada nos seguintes grupos:

  • Pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA)
  • Profissionais de laboratório expostos ao Orthopoxvírus
  • Pessoas com contato direto com fluidos corporais de indivíduos suspeitos ou confirmados para mpox

Desde junho do ano passado, uma nota técnica permitiu que vacinas não usadas por PVHA fossem aplicadas em usuários da PrEP.

A vacinação contra mpox deve ser direcionada devido à disponibilidade limitada de vacinas e à necessidade de priorizar regiões com maior transmissão. Historicamente, a mpox afeta mais homens que fazem sexo com homens (HSH) e outros grupos específicos.

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Varíola dos macacos - Foto: Shutterstock

Em 2022, a Anvisa aprovou o uso emergencial da Jynneos/Imvanex por seis meses. Com a validade esgotada em fevereiro de 2023, a dispensa foi prorrogada para permitir importação e uso das doses adquiridas via OPAS. Das 49 mil doses disponíveis no PNI, apenas 29.165 foram aplicadas até junho. Especialistas atribuem isso à oferta limitada e falta de conhecimento da população sobre a campanha.

Especialistas defendem o envio urgente de vacinas para a África Central. No Brasil, é crucial aumentar a conscientização e incentivar a vacinação entre grupos de maior risco. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que apesar da declaração global da OMS, não há motivo para alarme no Brasil.

"Neste momento, é fundamental retomar a vacinação para casos específicos e contatos próximos," alerta Helio Magarinos Torres Filho, patologista clínico do Richet Medicina & Diagnóstico.


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