Pai de Henry criticou, na manhã dessa sexta-feira, dia 19 de maio, a tentativa de censura ao programa Linha Direta, em entrevista ao Encontro com Patrícia Poeta. Leniel Borel, pai do menino assassinado em 2021, expressou sua indignação com a decisão judicial que buscava impedir a exibição do programa que abordaria o caso.
Leniel expressou sua indignação com a decisão da magistrada que proferiu a determinação de impedir a exibição do programa, derrubada posteriormente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, ressaltando que a juíza considerou os direitos dos réus Dr. Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe de Henry, acusados de assassinar o menino, enquanto esqueceu completamente de seu filho.
O homem também questionou o porquê de Jairinho e Monique terem direitos e seu filho não. Durante a entrevista, Leniel também abordou o fato de Monique, sua ex-mulher e ré no caso, estar respondendo em liberdade, mesmo diante das provas e evidências apresentadas.

Ele expressou sua consternação e surpresa com a decisão monocrática do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de soltá-la sem restrições. Leniel Borel também detalhou o impacto que a situação está causando nele, afirmando que jamais imaginaria que o STJ tomaria tal decisão, mesmo quando um ministro admitiu desconhecer o caso. O pai de Henry concluiu a entrevista ressaltando a importância de encontrar justiça para seu filho e sua insatisfação diante dos acontecimentos recentes.
Entenda o caso
Na última quarta-feira, dia 17 de maio, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro acatou uma liminar solicitada por Dr. Jairinho para impedir que a TV Globo transmitisse o programa Linha Direta, que abordaria o assassinato do menino Henry Borel.
A decisão foi proferida pela juíza Elizabeth Machado Louro, sob a alegação de que a exibição do programa poderia influenciar a opinião pública, uma vez que o caso será submetido a um júri popular. A magistrada destacou que o processo ainda aguarda julgamento e que a exibição em um canal aberto e de grande alcance não seria adequada para os propósitos informativos alegados.

No entanto, no dia programado para a exibição, o ministro do STF Gilmar Mendes acatou uma liminar para derrubar a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em sua decisão, o ministro mencionou que a tentativa de censura da defesa de Jairinho tinha como claro objetivo impedir a divulgação de uma matéria jornalística de evidente interesse público.
Sobre a decisão da juíza Elizabeth Machado Louro, Gilmar Mendes afirmou que ela ultrapassou os limites de sua função ao se arvorar na fiscalização da qualidade da produção jornal que foi exibido nessa última quinta-feira, dia 18 de maio.
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