Neste domingo, 7 de julho, Rebeca Nunes, de 7 anos, morreu em Anapólis, enquanto dormia em casa. Segundo os pais, a criança foi levada para o hospital, anteriormente e recebeu alta.
O pai de Rebeca, Ricardo Costa, relatou ao G1 que os sintomas começaram na sexta-feira, 5 de julho. “Ela estava com febre, vômito e dor de cabeça”, contou. O pai conta que ele e a mãe, Eunice Nunes, tentaram controlar a febre, mas, preocupados, a levaram para o hospital.
Rebeca foi levada para o hospital na noite de sábado, 6 de julho. “A gente queria um diagnóstico médico. No hospital, a suspeita era de virose. Ela estava com uma inflamação de sinusite e faringite”, contou o pai.
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Após dar entrada no hospital, a menina foi medicada e tomou soro, e assim, logo foi lhe dado alta. Os pais a levaram para casa, às 2h e deixaram ela dormindo. Quando retornaram às 5h, Rebeca tinha falecido.
Devido ao desespero, os pais ainda tentaram levar a criança ao hospital, mas não houve mudança no estado da menina. O Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) foi acionado e levou o corpo de Rebeca. “O laudo ainda não saiu, mas o médico legista nos explicou que a suspeita é de meningite”, detalhou Ricardo.
O SVO, confirmou ao G1 a suspeita de meniginte. O caso não foi registrado na polícia. “Cremos que ela está junto do Senhor e em um lugar bem melhor. Nós pedimos força, e agora fica a saudade e adaptar a vida sem ela”, disse o pai à TV Anhanguera.
De acordo com pai, a menina estava com a vacina em dia para meningite e que ainda terão que esperar dois meses para a confirmação da causa da morte.
Meningite: entenda a doença que pode levar as crianças à morte em poucas horas
Entre o grupo de doenças, destacam-se no Brasil as meningites bacterianas, como a meningocócica, que merece atenção. Trata-se de um processo inflamatório das meninges — membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela é causada por uma bactéria e tem transmissão direta (de pessoa para pessoa). Segundo o médico e pesquisador Felipe Lorenzato, PhD em Patologia Molecular pela University College London, a meningite meningocócica pode acontecer por troca de secreções respiratórias e da garganta, como tosse, espirro, beijo ou do compartilhamento de utensílios de cozinha.
Por que ela é tão perigosa?
A meningite bacteriana é uma doença de evolução rápida: quando os sintomas aparecem, o quadro já está grave e pode levar a óbito em poucas horas. Ele também pode trazer consequências como convulsões, perda auditiva e retardo cognitivo. O tempo entre a exposição e a manifestação dos primeiros sintomas da infecção pela bactéria normalmente é de 2 a 10 dias, mais comum entre 3 e 4 dias.
A bactéria adere à boca e ao nariz, penetra a mucosa e vai para as membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal. Então, causa meningite meningocócica, e/ou atinge a corrente sanguínea, causando infecção generalizada. A meningite bacteriana pode causar deficiências sérias, permanentes e inclusive causar morte entre 24 e 48 horas após a manifestação da doença. Por isso, é muito importante que o tratamento seja feito de forma rápida.
Doença silenciosa
Aproximadamente 10% das pessoas, principalmente adolescentes e jovens, podem portar a bactéria na garganta ou nariz sem desenvolver a doença. Algumas pessoas que aparentam não estar doentes, ao tossir, espirrar ou beijar podem transmiti-la. Basta que uma pessoa desenvolva a doença para que exista a possibilidade da ocorrência de um surto. Leia a matéria completa.
