O encarregado de açougue Marco Aurélio de Paula Lima de 38 anos, pai do Kaique Gabriel Lima da Silva, criança que foi achada morta em uma piscina de um salão de festas na comunidade do Rollas, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta quarta-feira, 5 de maio, desabafou sobre a perda do filho.”Ele era meu filho amado. O mais novo de 2 filhos. Muito carinhoso, meu parceirão.”
Marco e a mãe de Kaike são separados, mas o pai e o filho se falavam todos os dias. “Eu não moro com a mãe dele. Mas nos falávamos todos os dias. No último dia que estivemos juntos, no domingo, ele pediu para morar comigo. Ele implorou para morar comigo. Implorou para não ir embora”, contou o pai, emocionado.
“A mãe dele me contou que achou que o Kaique estava na casa da minha sobrinha porque ele tinha o costume de ir para lá. Na segunda-feira, por volta das 14h, ela pediu para a irmã mais velha dele ir buscá-lo, mas ele não estava na residência. Eu fiquei sabendo do caso e corri para os hospitais atrás dele, só que não achamos. Nisso, eu fui na delegacia e registrei um boletim de ocorrência na 36ª DP (Santa Cruz). Como eu sou muito conhecido na região, o pessoal fez uma força-tarefa. A galera chegou até a pular o muro do salão de festas na terça-feira e ninguém viu o corpo do Kaique. Ele não estava lá e depois apareceu na madrugada na piscina”, declarou Marco.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a criança teve asfixia mecânica por causa de afogamento, segundo o G1. “Quando se constata que morreu por asfixia, a pessoa que não tem conhecimento sobre o assunto associa diretamente a um crime. Até pode ser, mas não necessariamente. As circunstâncias desse caso ainda não indicam uma conduta criminosa”, explicou o delegado Edézio Ramos. A polícia continua investigando o caso.