
Ross Mclean, de 36 anos, pai de trigêmeas Charlotte, Leah e Sophie, de 3 anos, trabalhava como motorista do HGV no The Banks Group, em Consett, na Inglaterra e sempre que dava, dividia os cuidados com as meninas com a esposa, Joanne. Porém, tudo mudou quando precisou faltar ao trabalho para cuidar das filhas.
Segundo o jornal Newcastle Chronicle, as meninas nasceram prematuras de 33 semanas e por conta disso, possuem um sistema imunológico sensível. No dia 11 de julho, depois que a mãe passou o dia cuidando das filhas, foi a vez de Ross assumir a madrugada e então, ficou sem dormir a noite toda e informou ao chefe que não poderia ir trabalhar. Dois dias depois, ele recebeu uma carta oficial convocando para uma reunião, dizendo que poderia ser mandado embora e na segunda-feira, foi dito que estava demitido do trabalho.
Na carta, a empresa se justificou dizendo que a ausência teve influência negativa nas entregas dos clientes. “Durante as discussões, você não ofereceu garantias para remediar as preocupações que temos em relação à sua não-comparência repetida. O painel considerou cuidadosamente todas as questões que cercam sua repetida falta de comparência durante o curto período em que você trabalhou com a Banks Transport e concluiu que, ao considerar sua adequação, foi decidido no melhor interesse de ambas as partes não continuar com seu emprego”, escreveram.
Ross afirma que não havia sido informado que a participação era um problema e que os chefes estavam cientes que os primeiros meses depois que as meninas começaram a creche seriam difíceis. Estou absolutamente furioso — não percebi que eles poderiam simplesmente despedir você daquele jeito”, disse ele. “Fiquei surpreso porque eles devem ter conhecimento em saúde mental, eles têm todos os cartazes dizendo ‘venha e fale conosco se você tiver um problema’, mas não houve nada disso”, desabafou.
“Eu comecei em setembro e elas começaram a creche em outubro, eles sabiam disso. Eles disseram que me dariam um pouco de folga. Se eles não acreditarem em mim, liguem para a escola e perguntem quanto tempo elas foram. Não é como se eu quisesse uma folga para mim mesmo — eu ainda tenho dias de folga, se eu apenas quisesse folga, eu teria tirado elas”, afirmou. Desde que foi admitido, Ross conta que precisou se ausentar do trabalho por 9 dias. “Na reunião, eu fui comparado com o resto dos motoristas que não têm tanto tempo livre quanto eu, mas nenhum deles tem uma família com trigêmeas de três anos de idade para lidar. Eu tentei explicar para o meu chefe que é difícil agora, quando as crianças são tão jovens, mas deve ficar melhor”, disse.
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