Nesta quinta-feira, 3 de maio, ouve o desabamento de um prédio de 4 andares em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. No acidente um pai e uma filha perderam a vida, enquanto outras 4 pessoas ficaram feridas, dentre elas a mãe da menina que não resistiu.
Os mortos são Nathan Gomes, de 30 anos, e a filha Maitê, de 2 anos. Eles são marido e filha de Maria Quiara Abreu, última vítima resgatada com vida e levada para o Hospital Miguel Couto, na Zona Sul da capital do Rio de Janeiro. Os três eram os últimos soterrados, mas os bombeiros seguiram no local após a retirada dos corpos de pai e filha.
Os primos da vítima (a última a ser resgatada com vida dos escombros) contaram que ela segurava a bebê no colo. Eles esperam a melhora no estado de saúde da mulher, que segue internada no Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, após passar por cirurgias – ela ficou presa aos escombros pelos quadris e pernas.
“(A Maitê) Era uma criança muito inteligente. Ela (Quiara) estava segurando a bebê nos escombros. Eu espero que ela não esteja ciente que a bebê morreu agora, e nem o marido. A gente quer que primeiro ela se recupere, e depois resolve os outros assuntos”, disse Jonas Alves, primo da vítima, que esteve no hospital.
“Fiquei sabendo quando estava no trabalho. Eu soube do acidente, não sabia que era tão próximo da família. E soubemos da bebê. Ela saiu com a bebê no colo. Ela passou por um procedimento cirúrgico, devido aos machucados, mas tá estável, lúcida. Por motivo de dor passou por sedativo”, contou outro primo de Maria Quiara, Júnior Almeida.
Oito famílias afetadas pelo desabamento
O prédio que desabou ficava na Rua das Uvas, esquina com Avenida Areinhas. Todas as ruas no entorno foram interditadas para os trabalhos de resgate.
O primeiro andar funcionava uma lan house, que era administrada por Natan. Ele morava com a mulher e a filha em um pavimento superior. Ainda não há informação se as outras três vítimas que foram resgatadas com vida pertenciam à mesma família.
“Nós não tínhamos nenhuma informação que o prédio podia cair de uma hora pra outra. Era intacto por fora. Dentro era uma casa super linda, bem reformada, toda mobiliada”, contou Jonas. “A lan house tinha mais de quatro anos, pelo menos. Sempre ficava cheio. Ninguém nunca teve suspeita de que isso podia acontecer”, concluiu.
“São oito núcleos familiares: três no predinho, e mais cinco famílias nos prédios em frente, que foram afetadas diretamente pelo desabamento”, disse Laura Carneiro, secretária de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro.
“Todas estão cadastradas, o Estado ofereceu aluguel social, muitas delas têm onde ficar. Eles estão recebendo colchonete, cestas básicas e alimentação. Nosso posto avançado ficará aberto 48h no salão de festa da comunidade em revezamento de servidores para atender às famílias”, concluiu.