Em entrevista ao The New York Times, a viúva de Shahzada Dawood, de 48 anos, e de Suleman Dawood, de 19, Christine Dawood, conta que os passageiros do submarino Titan foram instruídos a carregarem suas músicas favoritas para se manterem entretidos durante a descida.
As faixas tocariam em uma caixa de som bluetooth, desde que não fossem do gênero musical country, já que o CEO da OceanGate, Stockton Rush, proibiu o estilo de música, segundo Christine.
Na entrevista, a mãe de Suleman também relata que acredita que o pai e o filho se sentaram procurando criaturas bioluminescentes em meio à escuridão que rodeava o lado externo do submersível. As luzes de dentro teriam sido apagadas para economizar bateria.
Ela cedeu o lugar para o filho
Christine contou à BBC que, na verdade, era ela quem iria viajar no submarino, mas cedeu seu lugar para o filho, pois ele queria viajar com o pai, que também foi vítima da tragédia.
Ela planejava ver os destroços do Titanic com o marido há muito tempo, mas a viagem havia sido cancelada por conta da pandemia de Covid-19. Assim que voltaram as expedições, eles remarcaram, mas a mulher acabou deixando o filho ir com o pai.

“Eu recuei e deixei ele ir, porque ele realmente queria. Fiquei muito feliz por eles porque os dois queriam fazer isso há muito tempo”, disse a mãe. Ela contou ainda que o jovem levou um cubo mágico para a viagem, com o intuito de passar o tempo. “Ele disse: ‘Vou resolver o cubo de Rubik a 3.700 metros abaixo do nível do mar’”.
Paixão em comum
Shahzada Dawood e o filho Suleman Dawood, mortos na tragédia do submarino Titan, desaparecido em 18 de junho, compartilhavam a paixão pela ciência. Para pai e filho a expedição até os destroços do Titanic seria uma realização da admiração dos dois.
Shahzada era curador de um instituto que busca por vidas extraterrestres. Os amigos de trabalho do milionário relatam que ele também gostava das séries Star Wars e Star Trek, além de ter grande admiração por viagens e natureza. “Viajar e ciência fazem parte de seu DNA. Ele é um explorador”, declarou Ahsen Uddin Syed que trabalha na Engro Corporation.

Outros colegas de Shahzada também testemunharam a paixão dele pela natureza e pela ficção científica. Suleman seguia as mesmas práticas do pai, e segundo um comunicado da empresa em que o pai é vice-presidente, o jovem também praticava esportes como vôlei.
Veja também: De pecinha em pecinha
Olha só esse novo produto da linha TUDO da Ri Happy que chegou aqui na redação! Da coleção “Monumentos”, qualquer pessoa pode construir todo o sambódromo carioca Marquês de Sapucaí. Perfeito para brincar de arquiteto, engenheiro ou para ter aquela sensação de dever cumprido.