Pai descobriu que o filho, após inúmeros exames, foi diagnosticado com espectro autista (TEA) e depois de exames, o homem também descobriu a mesma condição.
Julio Cesar Paixão é engenheiro, mora atualmente em Palmas, no Tocantins, e contou para a TV Anhanguera que o filho, João Olavo, que tem 6 anos, foi diagnosticado com autismo com 2 anos. Mesmo antes do exame, a família desconfiava do transtorno por conta de comportamentos do garoto.
“Ele já sabia o nome de mais de 100 animais, o que foi algo muito esquisito para nós. No início, foi difícil para a família encarar isso como normal, uma criança de 2 anos já ter decorado os nomes de todas essas criaturas” contou o pai para a TV.
O menino de 6 anos sempre mostrou aptidão para memorizar palavras e textos considerados difíceis para crianças da idade dele. “Ele também já sabia todo o hino, o que foi muito esquisito para gente também. Nos perguntávamos: “Nossa, como ele conseguiu fazer isso?”, mas ele não conseguia dialogar conosco” continuou relatando, Júlio César.
Diagnóstico do pai
Após a descoberta da situação do filho, o pai começou a pesquisar sobre a condição TEA, porém ele percebeu que também tinha características comportamentais iguais as do filho. “Ela apresentava alguns movimentos esteriotipados, e eu dizia: “Espere um pouco, eu também tenho”, falou o engenheiro.
Julio continuou contando sobre como foi a descoberta da condição “Eu tive um laudo de uma médica-psiquiatra e ela atestou, devido a esses estudos, que eu me encontro no TEA. Então, eu estaria enquadrado na antiga Síndrome de Asperger”. Mesmo o pai e o filho tendo autismo, a condição se manifesta de formas diferentes nos dois. Paixão tem uma síndrome mais leve, mas o filho, tem uma moderada.
“Eu diria que a nossa relação é boa, porém há momentos de estresse dele e meu, também. E o jeito é me afastar. É nesses momentos que a gente precisa muito da mãe dele, que tem sido nossa grande heroína, nosso suporte” continuou o engenheiro.
Por fim, Júlio disse que na casa é essencial o respeito e o amor para que as coisas continuem bem. “Se você tiver amor, você compreende. Então, o amor traz essa compreensão. Se uma pessoa oferece ajuda e suporte a uma mãe que tem um filho com uma crise, isso ajuda bastante. E a própria mãe vai se sentir acolhida”, finalizou o pai de João Olavo.