
Freddy McConnell, de 32 anos, repórter do jornal britânico The Guardian, é um homem transgênero que recentemente deu à luz seu primeiro filho. Porém, quando foi registrar o bebê em Londres, na Inglaterra, o funcionário responsável disse que ele só poderia ser registrado como a mãe da criança.
Então Freddy decidiu entrar com uma ação contra o cartório que é responsável por administrar os registros na Inglaterra, alegando discriminação. Durante o processo, ele pediu que o nome dele e do filho fosse por uma ordem de anonimato. Porém, a mídia pediu que a ordem fosse suspensa, com o argumento de que Freddy estava dirigindo um documentário sobre sua experiência de concepção, gravidez e o nascimento do filho, usando seu nome verdadeiro.

“Proteger meu filho sempre foi e sempre será minha preocupação número um, esse era o propósito da ordem. Agora que o anonimato foi suspenso, eu aproveito a oportunidade para reforçar a necessidade de igualdade. Todas as crianças devem ter seus pais legais registrados em suas certidões de nascimento”, ele diz ao The Guardian.
A equipe jurídica disse que o sistema de registro de nascimento do Reino Unido não trata as famílias de forma igual e que Freddy está sendo forçado a ser registrado como mãe na certidão de nascimento do filho. O cartório respondeu que esse era o caso de todos os pais transgêneros, com ou sem filhos, e de mulheres trans que são obrigadas a serem registradas como pai em todos os casos.

Karen Holden, advogada de Freddy, disse ao The Guardian: “Ter uma certidão de nascimento precisa é fundamental, porque ela fica com alguém por toda a sua vida e faz parte da sua identidade”. O caso foi ouvido na alta corte em fevereiro de 2019, porém terá outra audição para definir se Freddy terá o direito de ser registrado como pai da criança.
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