A cada fase, é natural que a criança ganhe e perca interesse em determinados brinquedos. Difícil é lidar com tantas bonecas, carrinhos, jogos e outros itens que vão se acumulando. Diante disso, algumas empresas passaram a oferecer aluguel de brinquedos. Uma delas é o Clubinho da Didi, criado pela advogada Adriana Verotti, mãe de Alice.
Por enquanto, os serviços do site podem ser utilizados apenas para moradores de Belo Horizonte. O plano, segundo Adriana, é abrir o leque para São Paulo a partir de 2017.
O Clubinho da Didi disponibiliza os produtos via aluguel quinzenal ou mensal. Numa faixa de preços entre R$ 5 (brinquedos de montar) e R$ 140 (mini veículo), é possível escolher brinquedos, acessórios, fantasias, livros, entre outros. Os produtos são todos higienizados e entregues montados, com pilhas recarregáveis. A remessa e a devolução são feitas em casa.
A ideia estimula várias frentes. A primeira é o consumo consciente e a preservação do meio ambiente. A empreendedora lembra que esses conceitos não são inerentes à criança, então é papel dos pais apresentá-los a partir de suas próprias atitudes. “Adotar o aluguel não só é econômico – alguns brinquedos são bem caros –, mas ajuda a família a implementar esse comportamento sustentável na prática”, diz.
Foi inspirada nesse pensamento que a engenheira Olívia Medeiros, mãe de Mateus, de quase 1 ano, começou a alugar os brinquedos. “Sempre defendi questões de sustentabilidade, então achei o sistema perfeito: tem custo acessível, a criança tem uma variedade maior de opções e brinca no período que realmente precisa”, conta.

A mãe relata que ainda não lidou com a negativa do filho em devolver uma peça. “Mas, quando ocorrer, vou explicar que ele precisa cuidar e entregar de volta – só assim poderá experimentar novos brinquedos.”
Alugar brinquedos também é uma boa saída para quem não tem muito espaço em casa. A proprietária do site ressalta que, como as crianças ficam com os produtos só o tempo do aluguel, devolvendo-os ou trocando-os por outros, reduzem-se as chances de aglomeração.
Com o lema “diversão compartilhada”, o Clubinho da Didi também defende a questão do sentimento de posse. Adriana relata que percebeu por meio da própria filha essa mudança. “Ela costumava dizer ‘é meu, é meu’ quando eu separava os brinquedos para o site. Hoje já diz ‘é de todo mundo!’.”
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