No bairro do Ipiranga, no leste de Belo Horizonte, os pais dos alunos de uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) da região ficaram indignados com os pratos quase vazios recebidos pelas crianças.
Em fotos enviadas nesse domingo, dia 14 de agosto, por mensagens no WhatsApp, a instituição fez um aviso aos pais, justificando a falta de alimentos e precisou ser racionada para durar o mês todo. Na foto é possível ver apenas uma pequena quantia de arroz, pouca verdura, molho e um pedaço de ovo cozido que equivale a um terço.
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“A cozinha precisa cozinhar com a quantia exata da per capita do dia, pois se acrescentar uma quantidade, não haverá alimento para a feitura no fim do mês” dizia a mensagem. A diminuição do alimento se deve ao cálculo feito pela Prefeitura de Belo Horizonte, que apresenta um cardápio para todas as escolas municipais com a quantidade exata oferecida por criança, porém, com a chegada do mês de agosto, esse novo cálculo fez os alunos receberem menos comida.
No aplicativo de mensagens a escola ainda faz um pedido aos pais: “Como é bem pouquinho, as cantineiras já servem tudo de uma vez. Com essa diminuição da oferta do alimento, fique atento para o caso de sua criança solicitar alimentação ao chegar em casa”. Os pais se mostram revoltados com a situação: “Meu filho de dois anos fica na escola 4 horas e essa quantidade de comida não mata a fome dele”, relata um pai. Ele ainda acrescenta “Vamos mandar um lanche para completar a refeição. Mas isso não está certo. Muita gente na escola não tem condições financeiras para fazer isso para o filho”.
A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou nota negando a redução de comida, afirmando que a quantidade dada aos alunos não é a recomendada pela subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional, e que a situação será investigada.
