Desde que o coronavírus foi considerado pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), causou muito pânico e caos ao redor do mundo. A doença trouxe uma sensação de fragilidade, vulnerabilidade e impotência que tomou conta das pessoas, das mais diferentes idades, culturas, raças e religiões. Por ser uma condição democrática, que pode atingir a todos, embora todos os pesares, reforça a importância da união para que tudo funcione.
Nesse contexto, o coronavírus ensina sobre empatia. Todos dependemos de todos para que a situação de forma geral possa ser minimizada ou até erradicada. “Quando nos preocupamos com os outros, geralmente, temos a tendência de pensar nas pessoas dentro do nosso núcleo: nós mesmos, nossa família e nossos amigos. O momento atual nos traz a oportunidade de expandir nossa mente, exercitar o altruísmo e se preocupar pelo bem de todos os seres. Quem quer que seja e onde quer que esteja”, defende Vivian Wolff, coach especialista em desenvolvimento humano e mindfulness pelo Integrated Coaching Institute (ICI), mãe de Chloé, Alexia e Arthur.
A especialista explica que empatia é a habilidade de perceber o outro, sem que ele precise dizer algo sobre a própria situação emocional ou afetiva. É se colocar do no lugar do outro e, considerando o momento atual, esse interesse genuíno e ativo faz toda a diferença. Isso é reforçado quando pensamos no grupo de risco (idosos e pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas), pois quando você não faz a sua parte pode, direta ou indiretamente, afetar esse público.

Para Vivian, o caminho é primeiramente aceitar e encarar os fatos. “Devemos avaliar a qualidade dos pensamentos que escolhemos cultivar. Lidamos com o momento difícil cultivando pensamentos de medo que nos enfraquecem ou pensamentos que nos fortalecem? Em meio a uma crise global, ser capaz de avaliar o alcance de uma adversidade e ter recursos internos para lidar com ela da melhor maneira possível é muito valioso. Pessoas resilientes fogem de reclamação e justificativas e passam para o gerenciamento das emoções e solução de problemas”, explica.
Esse é o primeiro passo para depois poder enxergar o próximo. “Talvez você não esteja no grupo de risco do coronavírus, mas já olhou a sua volta?”, provoca Elaine Di Sarno, psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica, e Terapia Cognitivo Comportamental. Você pode ter vizinhos idosos ou com diabetes e hipertensão. “Pratique a empatia, a solidariedade. Ofereça ajuda. Se for preciso, faça o supermercado para sua vizinha de 70 anos e evite que ela se exponha ao risco”, sugere. Ambas especialistas reforçam: “Reflita e dê o seu melhor como ser humano”.
Como se prevenir
Para se prevenir, A recomendação do Ministério da Saúde é a mesma feita para a prevenção de infecções respiratórias agudas. São elas:
- Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
- Lavar as mãos com frequência, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.