Leniel Borel de Almeida, pai do menino Henry Borel recebeu uma carta em que o Papa Francisco presta solidariedade pelo que classifica como “massacre” contra o filho, que ocorreu no dia 8 de março. No documento, assinado pelo Monsenhor Luigi Roberto Cona, assessor para Assuntos Gerais da Secretaria do Vaticano, o religioso diz que “a loucura humana” levou à morte do menino.
A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), mãe e padrasto da criança, estão presos preventivamente e são réus no processo que apura o crime. A carta, com data de 24 de abril, foi entregue a uma familiar de Leniel que mora em Portugal depois que ela escreveu ao Pontífice sobre o ocorrido com a criança.
“Neste momento, seus familiares sentem que precisam de fortalecer a sua fé, unindo seus corações ao coração do Sucessor de Pedro, cuja fé conta com um apoio especial de Jesus, para confirmar a fé dos seus irmãos”, diz um trecho do documento, endereçado ao engenheiro e a avó paterna de Henry, a dona de casa Noeme Camargo Borges de Souza.
“O Santo Padre conta com Leniel e Noeme para contrastar a cultura da indiferença e do ódio que sente crescer ao seu redor, não se deixe contaminar pelo ódio, transformando-se a sua imagem e semelhança. Seja do número das pessoas que se recusam a entrar no circuito do ódio, que se recusam a odiar aqueles que lhes fizeram mal, dizendo-lhes: ‘Não tereis o meu ódio’. Desde modo, ajudará a parar o mal, como fez Abraão quando pediu a Deus para não exterminar os justos com os culpados”, pontua a carta. Em outro momento, o documento afirma ser um milagre o que permite ao pai e à avó de Henry “viver em paz” e “ajudar a salvar o mundo de si mesmo”.
“No momento mais difícil de nossas vidas, as palavras de amor e solidariedade transmitidas pelo Papa Francisco nos fortalecem na fé e nos apoiam ainda mais a sermos imitadores de Cristo. A carta que recebemos só ratifica que estamos no caminho certo de se opor ao sentimento de vingança, ódio e indiferença, não nos indignando de forma alguma para fazer o mal. Henry com certeza está feliz que não estamos nos vencendo pelo mal, mas vencendo o mal com o bem”, disse Leniel.