O governo de São Paulo prolongou o prazo da campanha de vacinação contra a poliomielite até o final de junho, a notícia foi dada nesta sexta-feira, dia 14 de junho. O público-alvo são crianças entre um a quatro anos.
Todas as Unidades Básicas de Saúde do estado estão em funcionamento desde 27 de maio para promover a imunização das crianças contra a paralisia infantil.
A poliomielite, considerada uma doença infectocontagiosa aguda, é marcada pela contaminação do poliovírus, que causa a paralisia muscular de membros inferiores. A doença é irreversível. Em alguns casos, os graves podem levar à morte. A principal forma de prevenção é por meio da vacinação.

Até o dia 12 de junho, já haviam sido aplicadas cerca de 185.250 doses da vacina contra paralisia infantil em São Paulo. De acordo com o Centro de Vigilância Epidemiológica, nos primeiros quatro primeiros meses do ano, foi registrada a cobertura vacinal de 76,8%. Com o prolongamento da campanha, o objetivo é que a cobertura vacinal alcance números maiores.
“A prorrogação é de extrema importância para incentivar que mais pais e responsáveis levem as crianças para se vacinar. Reforçando a imunização e seguindo o calendário vacinal, evitamos a reintrodução de doenças erradicadas no país, como a poliomielite”, disse Tatiana Lang, Diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da SES.
No caso dos sintomas, a maioria dos infectados não manifesta nenhum ou apresenta alguns que são similares a outras doenças virais, como:
- febre
- mal-estar
- dor de cabeça
- dor de garganta e no corpo
- sintomas gastrointestinais (náuseas e vômitos)
- constipação (prisão de ventre)
- espasmos
- rigidez na nuca
- meningite
- Em casos mais graves, ocorre a flacidez muscular, que afeta os membros inferiores.
Em 2024, ‘gotinha’ da poliomielite será substituída por vacina injetável
O Ministério da Saúde anunciou que a vacina da poliomielite terá mudanças em 2024. A vacina que costuma ser de maneira oral por meio de gotas, passará a ser injetável.
O principal motivo da mudança, é a versão ser mais moderna e segura, em que irá conter o vírus inativado. Desse modo, crianças não terão que reforçar a dose aos 4 anos de idade, que é o que ocorre atualmente com a versão ‘gotinha’.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que a transição ocorrerá de maneira gradual, com um período de transição entre as duas maneiras de imunização, informou ela na transmissão ao vivo com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
O famoso “Zé Gotinha” também irá continuar sendo o símbolo da vacinação das campanhas de imunização do Governo Federal. No ano de 2022, a cobertura da vacinação contra a poliomielite foi de 77%, o que é abaixo do esperado, que está entre 90 e 95%.