Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 15 de agosto, o superintendente da Polícia Técnico-Científica, Claudinei Salomão, sugeriu que as vítimas do acidente aéreo da Voepass em Vinhedo possam ter sido alertadas sobre a iminente queda da aeronave.
🚨BOMBA: Avião de passageiros cai em Vinhedo, no interior de SP; vídeo abaixo mostra queda. pic.twitter.com/esBLsFTKft
— Chequei Ancap (@ancapchequei) August 9, 2024
Segundo Salomão, há indícios de que os passageiros se posicionaram para proteger seus corpos, possivelmente devido a instruções da tripulação ou percepção própria da emergência. O laudo preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) deverá esclarecer as causas exatas do incidente.
“Grande parte das vítimas encontradas estavam com as mãos preservadas e isso ajudou muito, inclusive nos casos pouco carbonizados. Não sei se houve um comando da tripulação de que estavam em emergência ou se as pessoas perceberam com essa queda acentuada, mas muitos corpos estavam naquela posição, o que não aconteceu na TAM, porque estavam pousando normal e de repente a aeronave entrou no prédio ” explicou Salomão.
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo informou ter concluído a identificação das 62 vítimas do acidente com o avião da Voepass Linhas Aéreas. Até agora, 42 corpos foram liberados para os familiares. A maioria das vítimas era originária do Paraná. O voo partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP). Entre as vítimas estavam três venezuelanos e uma mulher com cidadania portuguesa.
O IML também confirmou ter encontrado, entre os destroços, o corpo de um cachorro pertencente à família venezuelana. A identificação das vítimas foi centralizada na unidade Central do IML em São Paulo, onde mais de 40 profissionais de medicina legal, odontologia forense, antropologia e radiologia trabalham incansavelmente na identificação dos corpos. Foram utilizadas documentações médicas e coleta de materiais biológicos das famílias para exames genéticos.
As condições meteorológicas no momento do acidente eram extremamente adversas, com temperaturas registradas em -60°C. Tais circunstâncias extremas podem ter contribuído significativamente para a tragédia. O impacto do acidente foi sentido fortemente pela comunidade local e pelas famílias das vítimas que buscam respostas sobre o ocorrido.
A aeronave envolvida no acidente era operada pela Voepass Linhas Aéreas, uma companhia regional brasileira que atende diversas rotas domésticas. A investigação está em andamento e os resultados preliminares do Cenipa serão essenciais para entender as causas do desastre e prevenir futuros acidentes.