Lançado no último sábado, 4 de maio, um projeto foi responsável pelo emocionante reencontro de cerca de 30 crianças perdidas com seus familiares. A ação tem se destacado principalmente nas cidades de Canoas e Porto Alegre, as mais impactadas pelas enchentes. A mente por trás dessa iniciativa é a psicóloga Daniela Reis, que dedica seu tempo visitando abrig0s, oferecendo suporte emocional às famílias d3salojadas e participando ativamente na arrecadação e distribuição de alimentos e necessidades básicas.
Em entrevista ao portal UOL, Daniela compartilhou experiências marcantes vivenciadas no campo. Relatou a dificuldade em estabelecer diálogo com crianças que perderam tudo, inclusive o contato com seus pais. “Cadê minha mãe?” e “Cadê meu pai?” são perguntas recorrentes que ouve nos abrig0s. Em uma de suas idas ao abrig0, pediu a uma criança que desenhasse algo que lhe viesse à mente. O desenho, era um sol entre rabiscos caóticos, revelou as marcas profundas deixadas pela tr4gédia nas crianças.
Inicialmente inundadas por mensagens de pessoas abrig4ndo crianças p3rdidas em suas residências, decidiram concentrar os esforços em divulgar apenas casos de crianças localizadas em abrig0s oficiais. A falta de documentos e a dificuldade em comprovar vínculos familiares complicaram o processo, especialmente no caso de bebês.
Apesar da boa intenção em encontrar as famílias, muitos comentários surgiram em tom de preocupação pela integridade física das crianças, “Pelo amor de Deus não entreguem as crianças sem a pessoa comprovar que são os pais”, disse uma mulher, “Gente isso é MUITO perigoso, pelo amor de Deus. Há muitas pessoas doentes no mundo”, disse outra.
A plataforma não só recebeu reconhecimento pela eficácia mas também está em vias de ser adotada pelo Conselho Tutelar como ferramenta gratuita. Desde sua concepção, o objetivo era desenvolver uma solução que pudesse auxiliar o Poder Executivo a reunificar as famílias separadas pela tragédia.
Bebê de 2 meses é resgatado no RS por motociclista: “Achei que era um brinquedo de tão pequeno”
Em uma ação de solidariedade e coragem, um bebê com menos de dois meses de vida foi resgatado das enchentes catastróficas que atingiram o Rio Grande do Sul, afetando gravemente mais de 380 municípios. A família do recém-nascido, agora em segurança, deve sua gratidão aos esforços heróicos dos moradores locais que se mobilizaram de barco para realizar o salvamento.
O protagonista deste ato heroico foi João Lucas Carvalho, conhecido motociclista e competidor de ralis. João decidiu estender sua mão às vítimas das inundações que deixaram muitos isolados em suas próprias casas. “Quando eu peguei, achei que era um brinquedo de tão pequeno”, disse João Lucas sobre o resgate do recém-nascido.
Doações para o Rio Grande do Sul: veja onde e como doar às vítimas de forma segura
Em um movimento de solidariedade, as agências dos Correios do Vale do Paraíba e adjacências abriram suas portas para receber doações destinadas às vítim4s dos dev4stadores temporais que atingiram o Rio Grande do Sul. A partir desta segunda-feira, 6 de maio, itens essenciais como alimentos não perecíveis, produtos de higiene pessoal e roupas podem ser entregues em qualquer uma das unidades da região.
A iniciativa surge em resposta aos grav3s impactos causados pelas chuvas intensas que assolaram o estado sulista, deixando um rastro de destruição palpável. Conforme dados recentes divulgados pela Defesa Civil, o temporal já resultou na perda de 83 vidas, com mais de 100 pessoas ainda des4parecidas e aproximadamente 180 feridos.
