Nesta segunda-feira, 13, pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) conseguiram isolar em laboratório a variante ômicron. Em até duas semanas, laboratórios de todo o país irão receber amostras das células cultivadas para ajudar em estudos da nova cepa.
Esta descoberta auxilia os agentes da saúde a detectar a disseminação da nova variante de maneira eficaz e ajuda no controle de eficiência das vacinas aplicadas na população brasileira contra a ômicron.
“É a primeira vez que a cepa ômicron é isolada no Brasil”, diz Edison Luiz Durigon, professor do ICB-USP e coordenador do projeto de pesquisa, apoiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Variante no Brasil
No dia 30 de novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou a identificação de dois casos da nova variante do coronavírus no Brasil. De acordo com informações dadas pela própria agência, os dois brasileiros, um homem de 41 anos e uma mulher de 37, vindos da África do Sul, testaram positivo para a ômicron.
O casal de brasileiros desembarcou no aeroporto internacional de Guarulhos em 23 de novembro, com exame de RT-PCR negativos. Segundo a Anvisa, a testagem foi realizada porque ele havia chegado da África do Sul, país em que a variante foi descoberta. Porém, como ambos os infectados tinham a intenção de voltar ao país, acabaram procurando fazer novo teste no dia 25 de novembro, quando foram diagnosticados com a nova variante.
“Essa amostra foi rapidamente sequenciada pelo hospital, que confirmou que era a cepa ômicron. Pegamos essa amostra e colocamos em cultura de célula”, explica Durigon.