Não tem coisa melhor que viajar em família e aproveitar o tempo livre junto. Mas também é muito legal quando a criança tem um espaço só dela e ajuda a planejar o passeio, escolher destinos, palpita no roteiro, tira as próprias fotos e faz um diário de recordações. Para tornar o passeio ainda melhor, confira as nossas sugestões!
PLANEJAR
A escolha do lugar: a criança deve estar envolvida desde esse momento na viagem. Não significa que os pais precisam ir para onde ela quiser, mas que ela precisa participar desse processo. Comece com perguntas genéricas: praia ou campo? Um hotel divertido ou uma cidade para ser explorada?
Planejamento financeiro: com o contexto da viagem definido, chega a hora de fazer contas. Aqui as crianças não se envolvem, claro, mas elas podem ter seu próprio planejamento de finanças. Por exemplo, o dinheiro guardado da mesada pode virar um presente durante a viagem. Ou aquela sobremesa extra.
Criação do roteiro: definido o lugar, planeje as atividades de cada um dos dias da viagem. Nisso a criança pode ajudar – e muito! Vale definir que durante as manhãs os pais escolhem a atividade, à tarde os filhos e à noite vocês vão fazer algo que todo mundo goste. “Acredito que os pais não devam escolher um lugar que lhes dê ‘um descanso de seus filhos’, mas sim que os faça sentir tamanha felicidade em poder brincar sem preocupações, que os faça voltar à criança que foram e, com isso, a família fique mais ainda unida. É legal a criança brincar? É. Mas, se todo mundo brincar junto, a família volta a se olhar como tal”, afirma Alexandre Sansão, filho de Sueli e Nilton, gerente de lazer do Santa Clara Eco Resort, em Dourado (SP).
Se o destino inclui um hotel com recreação, vale pedir a programação antecipadamente, para que seu filho já saiba o que esperar das atividades. “Sobre a estadia é importante consultar se o hotel escolhido possui um restaurante infantil ou cardápio dedicado aos pequenos hóspedes; para os bebês é importante que o estabelecimento tenha uma copa de mamadeiras 24 horas. Esses pontos irão facilitar muito. Sobre a programação vale verificar o horário dos equipamentos de lazer e se o hotel possui todos os serviços disponíveis no período em que estará hospedado”, recomenda Cristiano Brito Andrade, Sports and Leisure Manager do Sofitel Jequitimar, na cidade do Guarujá (SP), pai de Lara e Gabriela.
Arrumar a mala: claro que eles podem arrumar a própria mala. Depois você irá conferir se está tudo direitinho, mas deixe que ele separe as roupas que gostaria de usar, os brinquedos e livros que quer levar. Em seguida, ajude-o a colocar as coisas na mala e diga que ele está responsável por conferir se está tudo certo na hora de voltar de viagem, se não ficou nada para trás.
PASSEAR
No caminho: quando a viagem é de avião, existe o entretenimento a bordo, só que você pode providenciar itens que divirtam seu pequeno. O tablet é sempre o salvador da pátria, mas dá para criar jogos fora da tela também. No carro, os jogos também são válidos, e dá para rolar um rodízio musical – cada hora uma pessoa escolhe o que vai tocar no rádio – e parar eventualmente na estrada, tanto para esticar as pernas quanto para um lanchinho. Aliás, se for possível, leve lanches.
No hotel: as grandes redes possuem equipes de recreação megapreparadas para receber as crianças, de diversas faixas etárias. Os monitores e coordenadores se reúnem e em geral já elaboram todas as atividades para o mês seguinte. “A elaboração é um trabalho em conjunto e multidisciplinar. Cada um acrescenta seu lado mais rico – a arte, a música, o conhecimento de grandes jogos ou brincadeiras aplicáveis a cada faixa etária – para decidirmos por qual porta lúdica desejamos entrar. A ludicidade é um campo amplo, mas, para atrair uma criança de 3 anos ou um adolescente de 17, há suas particularidades”, explica Alexandre Sansão. Mas as crianças também participam do processo: “Elas também podem personalizar as atividades. São as crianças que escolhem o filme no cinema, os jogos na sala de games e participam como personagem em algumas atividades quando querem. Outro exemplo é a escolha pelo esporte favorito nas atividades que ocorrem no complexo esportivo”, comenta Rarrison Martins, coordenador de recreação do resort Costão do Santinho, filho de Ângela e Jorge.
Na cidade: explore os pontos turísticos planejados no roteiro e deixe que a criança se divirta. Se for uma visita a um parque, deixe-o correr; se é um museu, questione sobre o que ele achou de determinada peça. “O melhor destino é aquele que permite que a criança saia da sua rotina de obrigações e sinta-se 100% à vontade com aquilo que está fazendo”, pontua Bruna Cardillo, Coordenadora Operacional de Lazer e Entretenimento do Mavsa Resort, filha de Márcia e Paulo Roberto.
RECORDAR
Lembranças das oficinas: muitos hotéis permitem que as crianças levem para casa os projetos desenvolvidos lá durante as férias. É assim no Grande Hotel São Pedro (Hotel-Escola Senac). “Entre os 3 e os 6 anos as atividades que propomos sempre resultam em um produto, algo que a própria criança faz e depois pode levar para a casa”, diz Marcela Giubbina, coordenadora de recreação do hotel, filha de Vado e Cida. No Sofitel Guarujá Jequitimar, elas ganham até um passaporte para registrar o que fizeram. “Cada atividade, como jardinagem em nossa horta, artesanato, teatro, clínica de tênis, capoeira e culinária, vale um carimbo no passaporte, que depois podem levar pra casa”, conta Cristiano Andrade.
Diário de viagem: compre um caderno e entregue para seu filho para que ele o transforme em um diário de viagem. Ali ele pode escrever ou desenhar o que fez em cada um dos dias, colar ingressos ou outras recordações – vale até revelar algumas fotos, por que não? O importante é registrar a viagem para reler depois, com carinho e saudade.
Tudo de novo: a viagem já deixou gostinho de quero mais? Bora planejar a próxima!
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