A polícia portuguesa confirmou nesta quinta-feira, dia 25 de maio, o encerramento das buscas por pistas que possam levar ao esclarecimento do mistério do desaparecimento de Madeleine McCann. A menina britânica, de apenas 3 anos, desapareceu em 2007 do apartamento onde passava férias com a família, em Algarve, Portugal.
Segundo o jornal americano The New York Times, a força-tarefa recolheu materiais que serão analisados, porém, até o momento, não foram encontrados indícios conclusivos. Os policiais estavam em busca de uma arma e uma câmera de vídeo que supostamente pertenciam ao principal suspeito do desaparecimento, Christian Brueckner. Esses objetos teriam sido descartados por dois homens que invadiram a residência do suspeito após a sua prisão.
Dentre os objetos encontrados, incluíam-se uma alça de sutiã, “peças de vestuário” e itens plásticos. No entanto, até o momento, nenhum desses itens foi oficialmente vinculado ao caso. De acordo com informações do jornal Correio da Manhã, a polícia portuguesa não acredita que tais materiais “contribuam para desvendar” o que ocorreu com Madeleine.
O promotor alemão Christan Wolters afirmou: “Embora haja uma certa expectativa, ela não é elevada. Nosso objetivo é encontrar o corpo, mas não estamos focados apenas nisso. Certamente, outras evidências também são relevantes. Qualquer descoberta de vestimentas poderia auxiliar nas investigações”.
De acordo com o jornal britânico Daily Mail, a nova operação, que representa a maior mobilização no caso em nove anos, teve início após o relato de um informante, ex-amigo de Brueckner. Esse indivíduo afirmou que os objetos foram jogados na Barragem do Arade, a cerca de 50 quilômetros da Praia da Luz, local onde a criança foi vista pela última vez aos 3 anos de idade.
Brueckner tinha o hábito de chamar essa região de seu “pequeno paraíso”. Mergulhadores experientes estão realizando buscas na água, enquanto agentes escavam as margens. Os investigadores acreditam que a câmera de vídeo possa conter imagens de Madeleine, bem como de outras duas mulheres que teriam sido vítimas de abuso por parte de Christian Brueckner.
O relato do informante corrobora os depoimentos de dois homens identificados como Manfred Seyferth e Helge Busching, que foram ouvidos como testemunhas no caso. Segundo o Daily Mail, eles já haviam relatado à polícia que invadiram a residência de Brueckner enquanto ele estava preso. Seyferth teria afirmado que a dupla encontrou a arma e a câmera de vídeo na casa em que o suspeito morava, próxima à represa.
Após depararem-se com cenas de ataques sexuais no equipamento, decidiram descartá-los por medo. “Depois de encontrar a câmera de vídeo, eles entraram em pânico, fugiram e jogaram os dois itens no lago. Seyferth disse aos investigadores que o material na fita de vídeo era maligno e que, se isso fosse encontrado, seria vital para uma acusação contra Brueckner”, revelou uma fonte ao Daily Mail.
Fontes próximas à investigação informaram ao jornal britânico que os materiais encontrados no local, principalmente amostras de solo, serão levados para análise na Alemanha. Essas amostras contêm pedras, pólen e outros componentes que poderão ser comparados com vestígios encontrados em itens apreendidos ao longo da investigação.
A polícia alemã considera a hipótese de que a menina tenha sido assassinada e as autoridades portuguesas corroboram essa linha de investigação. Com a operação em andamento, os agentes procuram por vestígios que possam fornecer novas informações e eventuais provas sobre o desaparecimento da criança.
Atualmente, Christian Brueckner cumpre uma pena de sete anos em Oldenburg, no norte da Alemanha, pelo estupro de uma turista americana de 72 anos na Praia da Luz em 2005. No entanto, ele nega qualquer envolvimento no caso Madeleine McCann. Registros telefônicos revelaram que o suspeito esteve próximo ao complexo hoteleiro onde Madeleine desapareceu. No entanto, até o momento, nenhuma acusação formal foi apresentada contra ele em relação a esse caso. O corpo de Madeleine nunca foi encontrado, mantendo o mistério em torno do seu paradeiro.
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