Ficar grávida enquanto você está inserida no mercado de trabalho, querendo ou não, ainda dá um certo medo do que está por vir. Clara Fu descobriu a gravidez e logo entrou em pânico, pois ela era ex-comissária de bordo da companhia Singapure Airlines (SIA) é uma regra da empresa era que comissárias grávidas se demitissem no final do primeiro trimestre de gestação.
Ela teve o bebê e voltou para a empresa, no entanto, engravidou novamente e com medo de perder o emprego, escondeu a gravidez por cinco meses. “Foi difícil. Consegui continuar como de costume o máximo que pude”, falou Clara para a BBC.
Essa política da empresa era legal em Cingapura, no entanto acabou em julho. “As diretrizes de emprego de Cingapura afirmam que os empregadores devem implementar práticas trabalhistas justas”, falou Clarence Ding, do escritório de advocacia Simmons & Simmons.

Clara Fu após sair da companhia, voltou para o mercado do trabalho em uma indústria farmacêutica d gostou da mudança. Ela falou para a BBC que perdeu um bônus de 10 mil dólares que a SIA dava para cada cinco anos de trabalho de um funcionário, mas que tudo está bem.
“Como transportadora nacional, a SIA deveria realmente apoiar mulheres com famílias jovens. Se houvesse um suporte melhor, eu poderia ter continuado”, finalizou ela.
Regra secular
Acontece que as mulheres que trabalham na cabine da SIA são a “chave do sucesso” da companhia, a meio século. As comissárias de bordo até são conhecidas como as “garotas de cingapura”. Elas usam uma versão de sarong kebaya, uma roupa tradicional usada por mulheres de parte do Sudeste Asiático. A roupa era assinada por um estilista francês Pierre Balmain e as mulheres se sentiam privilegiadas de estar trabalhando neste local.
No entanto, em companhias como British Away, Qatar Airways e Qantas, quando alguma comissária ficava grávida, ofereciam empregos no solo.