Nesta sexta-feira, 24 de julho, a Prefeitura de São Paulo decidiu adiar o carnaval de rua e os desfiles das escolas de samba de 2021 devido à pandemia do coronavírus. O prefeito Bruno Covas fez o anúncio que os blocos de rua e os desfiles das escolas de samba deverão acontecer apenas em maio ou julho, mas ainda não há datas definidas.
Na semana passada, Covas já havia suspendido as celebrações do Réveillon na Avenida Paulista, também por causa da doença. Outros eventos, como a Marcha para Jesus e a Parada do Orgulho LGBT+, também foram cancelados. A Marcha havia sido adiada para novembro, mas segundo Covas os organizadores desistiram da ideia.
Covas fez o anúncio no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, ao lado do governador João Doria (PSDB), enquanto os dois conduziam uma entrevista coletiva para dar informes sobre a situação da pandemia no Estado. “Apesar de a cidade sempre estar evoluindo no Plano São Paulo, ainda estamos enfrentando a pandemia”, disse Covas. “Tanto as escolas de samba quanto os blocos carnavalescos entenderam a inviabilidade da realização do Carnaval em fevereiro”, disse o prefeito.
Em São Paulo o Carnaval atrai milhares de pessoas, sendo um dos maiores do país. Neste ano, cidade bateu recorde de público e do número de blocos: foram mais de 15 milhões de foliões nas ruas e 600 blocos. A prefeitura gastou R$ 36,6 milhões, e houve um retorno financeiro de R$ 2,3 bilhões para a cidade.
Carnaval em outros locais
Já em Salvador, o prefeito também estuda adiar o carnaval para julho. No Rio de Janeiro, as escolas esperam tomar uma decisão em setembro sobre a data dos desfiles. Representantes das agremiações e da Liesa alegam que sem vacina contra a Covid-19 é impossível realizar o espetáculo em segurança.