No dia 9 de janeiro, Alessandra procurou o Centro de Triagem ao Paciente com Coronavírus apresentando sintomas da doença. Grávida de 32 semanas, recebeu o primeiro atendimento. No dia seguinte, a paciente teve outra crise e seguiu sendo monitorada pela equipe do CTC, que decidiu que seria melhor encaminhá-la para o Hospital Público de Macaé (HPM).
No dia 12 de janeiro, Alessandra precisou ser transferida para o CTI da Covid-19. “Me ligaram, me explicaram o que tinha que ser feito e pediram para eu ir ao hospital. A minha esposa foi submetida a uma cesariana. Meu filho nasceu e ela foi entubada”, conta Vagner, marido da Alessandra, que afirma que o trabalho do HPM foi efetivo na cura da esposa.
Dr. Edimar Meireles Gonçalves, neurologista e plantonista do CTI 2 do HPM conta como foi importante para a equipe cuidar da nova mãe. “Era uma questão de honra. Tínhamos perdido uma jovem de 26 anos semanas atrás e doeu muito. Sabemos que tem coisa que não está no nosso controle, mas não íamos perder a Alessandra também. O filho dela não ia ser mais uma criança a contar uma história triste, ele não ia contar para os amigos que tinha perdido a mãe na pandemia que aconteceu em 2020”, explica o médico.
A mulher passou 26 dias sem conhecer o bebê, que também era atendido pela equipe de neonatal do HPM, devido ao parto prematuro. Vagner, Adriana e Arthur estão em casa e agradecem o cuidado que receberam da saúde pública.