
Na última quinta-feira, 17 de agosto, ocorreu uma situação envolvendo um professor de medicina e uma estudante do 8° período do curso, que ganhou grande repercussão. Acontece que a aluna estava com a filha, de apenas quatro meses de vida, na sala de aula, por isso o profissional advertiu ela. O caso aconteceu em uma universidade localizada em Aracaju.
Segundo a mulher, em entrevista ao G1, ainda durante a aula o professor disse que ela não poderia participar da dinâmica porque “a bebê não pagava mensalidade” como os outros estudantes. “A sensação que tive foi de impotência, sentei e continuei assistindo à aula, mas não aguentei e saí com minha filha para chorar”, disse ela.
Após sair da sala, ela recebeu ajuda de dois colegas para se acalmar e, em seguida, foi procurar auxílio na coordenação. “A funcionária me chamou para dentro da sala, ofereceu água e deixou amamentar minha filha. Depois disse que, realmente, as normas não permitem que crianças fiquem na sala de aula”, relata.

Depois de falar com a coordenadora para resolução do problema, a mulher retornou à sala de aula e expôs a chateação e constrangimento com a atitude do professor para o próprio profissional. Foi então que ele se desculpou e disse que tudo não passava de uma “piada”. Ela conta ainda que ele afirmou que: “Assim como sua filha é uma santa e não chora, o filho de Joãozinho poderia ser um capeta”.
“Se ela começasse a chorar na sala de aula, eu seria a primeira a levantar e sair. Não permitiria que meus colegas fossem prejudicados”, afirma a estudante.