Com o início da pandemia, em março de 2020, diversas escolas precisaram fechar suas portas para evitar a contaminação entre os alunos – isso fez com que diversas crianças tivessem seu aprendizado e desempenho escolar afetados. Pensando em como reparar essa situação, surgiu o Programa de Apoio Pedagógico do Núcleo de Educação do Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis.
Hoje, o Voluntariado dá apoio pedagógico para mais de 300 crianças e jovens em Paraisópolis. Para atender todos eles, o programa conta com a participação de educadores, assistentes sociais, psicólogos, psicopedagogos, voluntários e parceiros da PECP – todos esses profissionais atuam em prol do programa tanto de forma virtual quanto presencial. Essa iniciativa tem como principal objetivo auxiliar os alunos que têm dificuldades pedagógicas e reforçar a alfabetização deles.
O PECP realizou uma pesquisa com as famílias que fazem parte do Núcleo de Educação e percebeu que 70% das crianças que utilizam a rede estadual, bem como 59% da municipal, não tinham acessado a plataforma online de ensino das escolas. Os resultados reforçaram a necessidade de acompanhar de perto esses alunos para ajudá-los com o processo educacional.
“Sabemos que as dificuldades socioeconômicas estão presentes no cotidiano dos alunos da região, o que também inclui o acesso a recursos tecnológicos, por isso queremos colaborar com a inclusão digital e com a melhora da educação”, diz Telma Sobolh, presidente do Voluntariado Einstein e idealizadora do PECP.
No Brasil, há cerca de 70 milhões de pessoas com acesso precário à internet ou sem nenhum acesso, e 46 milhões de brasileiros que nunca acessaram a rede, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Para auxiliar os jovens por meio do trabalho online, o programa começou a atuar ainda em junho de 2020, implementando ações com educadores dos Programas Educação Cidadã e Cultura Digital PECP e alguns voluntários.
O programa também conta com a Oficina de Leitura e Escrita presencial, criada especialmente para melhorar o processo de alfabetização dos alunos que têm dificuldades de ler e escrever. “A ideia é colaborar para o aprendizado desses estudantes, principalmente nesse momento difícil que estamos vivendo, adicionando ao programa várias opções de oficinas que possam dar suporte às aulas e evitar a evasão escolar”, finaliza a presidente.