O álcool gel já virou o novo melhor amigo de infância dos pais. É uma facilidade e tanto para manter a limpeza mesmo com a correria do dia a dia. E não serve só para a higienização das nossas mãos. Também podemos ensinar as crianças a cuidarem da saúde desde pequenas.
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“O uso do álcool gel é indicado até antes de pegar ou trocar bebês recém-nascidos e prematuros porque protege de bactérias e vírus”, comenta Rosana Richtmann, mãe de Caio e Renata e infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Conforme as crianças vão crescendo elas podem e devem continuar a usar o produto. “O importante é supervisionar. Não pode deixar a garotada passar na boca, nem em qualquer outra mucosa porque pode causar irritações”, comenta a infectologista. É por isso que temos que ficar sempre de olho e dar o exemplo.
É importante lembrar que o álcool gel não substitui a limpeza tradicional. “Quando há alguma sujeira mais significativa na mão, o indicado é lavar com água e sabonete antes”, recomenda Nelson Ejzenbaum, pai de Ariel, Patrick e Alicia e pediatra.
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A concentração alcoólica do gel também deve ser levada em conta. Ela deve ser de 70%. “O álcool gel deve ser usado com frequência para evitar a contaminação por vírus ( H1N1, Influenza e outros). Do ponto de vista de eliminação de microrganismos patogênicos, o álcool gel é prático, podendo ser usado com mais facilidade”, alerta Ana Patricia Von Bulow, filha de Maximo e Celia e pediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Pensando nisso que Monica S. Doria Velloso, mãe de João Pedro, de 7 anos, e Gabriela, de 3 anos, usa álcool gel o tempo todo. “Uso muito para higienizar as mãos antes e depois de comer alguma coisa ou passar a mão em um cachorro. Acabo usando também quando minha filha tem que usar um banheiro público”, conta.
Monica diz também que os filhos pegaram rápido o hábito de higienizar as mãos. “Quando acaba uma atividade, como brincadeira, ou antes, de comer eles sempre usam. Em Pronto Socorro, por exemplo, é o tempo todo, pois nesses lugares qualquer canto pode estar contaminado”, lembra.
Fernanda Matsuda, mãe de Bruno, de 3 anos, do recém-nascido Eric, também é adepta do álcool gel. “No último parto tive uma complicação e fiquei três dias na UTI. Só no quarto havia 3 potes que o próprio hospital disponibilizou. Meu filho mais velho aprendeu que tem que usar antes de pegar o Eric no colo e fazer carinho”, conta Fernanda.

Outra ocasião em que o produto também é essencial é quando se tem disponível em banheiro público apenas toalha de pano para secar as mãos. “Nessas toalhas pode haver mais bactérias do que na própria pele. Isso porque os micro-organismos gostam de se alojar em ambientes úmidos e quentes”, conta a infectologista.
E esse álcool gel deve ser próprio para a higienização das mãos. Não pode usar aqueles de limpeza porque eles não são feitos com hidratantes e nem tem a concentração alcoólica indicada. “O emoliente presente na fórmula do álcool gel específico para o nosso uso é fundamental para manter a pele hidratada. Ressecamento pode causar fissuras, que acumulam mais bactérias”, explica a infectologista.
Também não precisa virar “a louca do álcool gel”. É importante que as crianças brinquem à vontade e não tem problema nenhum se sujar!