
Amamentar vai além de apenas dar o leite ao bebê. É um ato de amor, proteção e carinho, que faz toda diferença no desenvolvimento da criança ao longo da vida. A Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM) de 2019 chega com o tema “Capacite os pais e permita a amamentação, agora e no futuro!”. Celebrada por mais de 120 países, ela acontece de 1º a 7 de agosto para relembrar a importância da lactação.
Segundo a WABA, aliança global pela amamentação que coordena a campanha da semana, o tema deste ano defende a inclusão de todos os tipos de família que existem hoje, independentemente de gênero e orientação sexual. A ideia também é reforçar que o aleitamento não deve ser responsabilidade somente da mãe, mas também do pai, parceiro, parceira e todas as outras pessoas que formam a rede de apoio da mulher.

Estabelecida pela OMS e a UNICEF em 1992, a criação da semana veio para defender o direito da mulher em amamentar de forma segura e com o respeito da sociedade como um todo, sem constrangimentos ou julgamentos. Estes dias foram definidos com base na Declaração de Innocenti, assinada em 1º de agosto de 1990. A ideia do documento é traçar objetivos para reduzir a mortalidade infantil – todos ligados à amamentação:
– Estabelecer um comitê internacional para coordenar as ações voltadas à amamentação;
– Implementar a lista “10 passos para o sucesso da amamentação” em todas as maternidades dos países participantes;
– Executar o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno;
– Adotar uma legislação que promova a proteção da mulher na amamentação no trabalho.

10 passos para o sucesso da amamentação
Presente em todas as maternidades que seguem a Semana Mundial do Aleitamento Materno, a lista mostra os itens necessários para facilitar e ajudar no sucesso da amamentação:
– Ter uma norma escrita sobre o aleitamento materno e repassá-la rotineiramente a toda a equipe do serviço da maternidade;
– Promover treinamentos para toda a equipe, de modo que todos estejam capacitados para implementar as normas de amamentação;
– Informar todas as gestantes sobre as vantagens da amamentação e como ela deve ser feita;
– Auxiliar as mães a iniciar a amamentação na primeira hora de vida do bebê;
– Mesmo em casos em que as mães estejam separadas de seus filhos, mostrar a elas como manter a lactação e a amamentação;
– Dar somente leite materno como alimento ao recém-nascido;

– Permitir e possibilitar que mãe e bebês fiquem juntos 24 horas por dia após o parto;
– Incentivar as mães a realizar amamentação em livre demanda (sem horários definidos);
– Instruir as mães a não darem bicos artificiais ou chupetas para os bebês;
– Encorajar as mães e buscarem grupos de apoio à amamentação.
A importância do leite materno
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, para as crianças de até 6 meses de idade, o leite materno é um alimento tão completo que já tem a quantidade necessária de água para manter o bebê bem hidratado.
“Existem pesquisas que mostram que amamentar com leite materno faz com que as crianças tenham mais pontos de QI, maior desenvolvimento emocional e imunológico. Além disso, ele beneficia o trato gastrointestinal, a cavidade oral, é capaz de prevenir alergias e outras doenças, como a obesidade e o diabetes”, ressalta Eneida Souza, consultora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia, mãe de Júlia, Beatriz e Daniel.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que o leite materno seja ofertado de forma exclusiva até o sexto mês de vida e, de maneira complementar, até os 2 anos de idade. Nós acreditamos que a experiência de aleitamento precisa ser bom para a mãe e para o filho. Não importa o jeito, desde que seja o seu.
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