Criar filhos é uma das experiências mais intensas, bonitas e gratificantes da vida, mas também pode ser uma das mais complexas e desafiadoras.
Segundo a revista Parents, muitas mães ao redor do mundo relatam sentir uma exaustão tão profunda que ultrapassa o simples cansaço do dia a dia. Esse fenômeno, conhecido como síndrome da mãe esgotada ou burnout materno, tem sido cada vez mais discutido por especialistas em saúde mental.
Mas, na prática, o que seria isso?
A gente te conta!
O que é a síndrome da mãe esgotada?
A síndrome da mãe esgotada é um estado de exaustão física, emocional e mental causado pela sobrecarga das responsabilidades parentais. Embora não seja um diagnóstico clínico oficial, representa uma experiência real e dolorosa vivida por muitas mulheres que assumem o papel de cuidadoras principais.
De acordo com a terapeuta Marissa Moore, “é a sensação de ter se doado tanto que não sobra nada”. Ou seja, a fadiga vai além do desgaste normal da rotina: ela pode se manifestar como um esgotamento extremo, onde até pequenas tarefas se tornam pesadas e a alegria de antes dá lugar a uma obrigação excessiva.
Principais sinais da síndrome da mãe esgotada
Como não há critérios clínicos definidos, o reconhecimento dos sintomas depende da observação de mudanças físicas, emocionais e comportamentais.
Alguns sinais comuns incluem:
- Culpa constante: caracterizada, sobretudo, por um sentimento de insuficiência ao não conseguir atender a todas as demandas da família.
- Fadiga crônica: o cansaço permanece mesmo após o descanso.
- Dores físicas: tensão muscular, dores de cabeça e desconfortos diversos.
- Alterações no apetite: comer em excesso ou deixar de comer.
- Imunidade baixa: adoecer com frequência por conta do estresse contínuo.
- Sobrecarga mental: dificuldade de concentração, tudo é “demais”.
- Irritabilidade e impaciência: explosões emocionais por pequenos motivos.
- Distanciamento emocional: dificuldade em se conectar com os filhos, parceiro ou até consigo mesma por longos períodos.
E lembre-se: esses sintomas não devem ser vistos (de forma alguma) como “fraqueza”, mas como sinais de alerta de que algo precisa mudar.
Causas da síndrome da mãe esgotada
O esgotamento materno é resultado de múltiplos fatores.
Incluindo aqui, fatores pessoais, sociais e culturais. Vivemos em uma sociedade que idealiza a maternidade perfeita, mas oferece pouco suporte real.
Entre as suas principais causas estão:
1. Expectativas irreais
A internet, e sobretudo, as redes sociais reforçam a imagem da mãe impecável: paciente, produtiva, com casa organizada e filhos sempre felizes. Essa pressão para “dar conta de tudo” é uma das maiores fontes de frustração e ansiedade.
2. Sobrecarga emocional e física
Gerenciar casa, filhos, trabalho e vida pessoal exige energia constante.
Por isso, quando a responsabilidade não é dividida de forma equilibrada, a mãe tende a assumir múltiplos papéis e o corpo e a mente cobram o preço.
Muitas mulheres enfrentam a maternidade com pouca rede de suporte, seja do parceiro, da família ou do Estado. Essa solidão intensifica a impotência.
3. Privação de sono
A privação de descanso é um dos fatores mais diretos para o burnout.
E com as mães isso não é diferente. Noites mal dormidas comprometem o humor, a concentração e até o sistema imunológico.
4. Autonegligência
Em meio à correria, cuidar de si acaba ficando em último lugar.
Nesse sentido, alimentação desequilibrada, falta de exercício e ausência de momentos de prazer contribuem para o ciclo de esgotamento.
Como vencer esse cansaço?
Lidar com a síndrome da mãe esgotada começa por um passo essencial: reconhecer que você não está sozinha. Sentir-se exausta não significa fracasso, mas sim que o corpo e a mente estão pedindo uma pausa.
A partir desse entendimento, é possível adotar atitudes que ajudam a aliviar o peso da sobrecarga e resgatar o equilíbrio emocional.
Praticar o autocuidado real é uma delas.
Mesmo pequenos momentos de pausa podem fazer diferença; um banho demorado, uma caminhada tranquila, alguns minutos de leitura ou simplesmente o silêncio. Isso porque estudos apontam que a autocompaixão reduz significativamente os níveis de esgotamento emocional, permitindo que a mãe recupere energia.
Outro ponto importante é pedir e aceitar ajuda.
Dividir tarefas não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria.
Conversar com o parceiro, familiares ou amigos e delegar parte das responsabilidades domésticas é uma forma de aliviar a carga e preservar o bem-estar. Da mesma forma, é fundamental estabelecer limites. Dizer “não” é um ato de amor-próprio e uma forma de priorizar o que realmente importa. Nem tudo precisa ser feito de imediato e nem tudo depende apenas de você.
Buscar apoio profissional também pode ser decisivo.
Um psicólogo ou terapeuta oferece novas perspectivas e ferramentas para lidar com o estresse e as emoções acumuladas. Além disso, construir uma rede de apoio é essencial. Participe de grupos de mães, fóruns ou encontros presenciais para criar um espaço de acolhimento e pertencimento, onde compartilhar experiências possa te ajudar a aliviar o isolamento e o peso emocional.
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