A Sinovac está desenvolvendo versão de Coronavac adaptada à Ômicron, conforme afirmou representante da farmacêutica Weidong Yin, no Simpósio Coronavac do Instituto Butantan desta terça-feira, 7 de dezembro.
Yin ainda confirmou que a expectativa é que a nova versão da vacina fique pronta já em fevereiro de 2022. O anúncio foi feito no evento que dura de hoje até quinta-feira, 9 de dezembro, com o intuito de debater a eficácia e produção de vacinas no Brasil.

Além disso, o encontro também estuda os resultados do Projeto S realizado em Serrana, no interior de São Paulo, ainda este ano. No Simpósio, estão reunidos pesquisadores do mundo todo, incluindo Estados Unidos, Turquia, Chile, China e Espanha.
A Ômicron
Na sexta-feira, dia 26 de novembro, a OMS (Organização Mundial de Saúde) anunciou detalhes sobre a nova cepa do SARS-CoV-2, a ômicron, descoberta originalmente na África do Sul há cerca de duas semanas atrás. Recentemente, esta nova variante se tornou motivo cada vez maior de preocupação por parte dos cientistas.
De acordo com eles, a ômicron surpreendeu os pesquisadores por conta da quantidade de mutações que essa cepa apresenta, oito vezes maior do que as demais outras já identificadas e classificadas. A explicação dos cientistas para o número inédito é a de que, pelo fato de apenas 7% dos habitantes do continente africano estarem totalmente vacinados, a disseminação e surgimento do vírus são facilitadas.
Segundo a OMS, a nova cepa descoberta na África do Sul já está circulando em alguns países do mundo. O Brasil ainda não identificou nenhum caso da “variante preocupante”, entretanto a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendou que as autoridades adotem restrições de voos a seis países africanos, sendo eles a África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
“A ômicron tem um conjunto de mutações em número inédito na proteína Spike: são 32 alterações entre mutações e deleções, sendo dez na região RBD [principal sítio de ligação às células e um dos principais alvos de anticorpos]. Nas demais variantes de preocupação, esse número de mutações [na Spike] fica entre três e quatro”, explica a OMS.