Na última sexta-feira, 26 de janeiro, Suzane Von Richthofen, de 40 anos, conhecida pelo crime que abalou o país em 2002, deu à luz a seu primeiro filho com o médico Felipe Zecchini Muniz.
O nascimento ocorreu no Hospital Albert Sabin, em Atibaia, interior de São Paulo, onde Suzane está cumprindo pena em regime aberto. As informações foram divulgadas pelo colunista Ullisses Campbell, do O Globo. O jornalista é autor do livro “Mulheres Assassinas”, que aborda histórias como a de Richthofen, Flordelis e Elize Matsunaga.
A criança, que recebeu o nome de Felipe em homenagem ao pai, não terá o sobrenome da mãe. Segundo Campbell, a decisão foi motivada pelo receio da família de que o filho fosse associado ao crime cometido por Suzane, que cumpre sentença de 39 anos de prisão, atualmente em regime aberto.
O nascimento, realizado por meio de cesariana, foi marcado por medidas restritivas no hospital. Felipe, o atual marido de Suzana e pai da criança, trabalha no local. Funcionários foram proibidos de fotografar e de discutir qualquer assunto com Suzane que não estivesse relacionado ao nascimento da criança.
Descumprir a ordem acarretaria demissão. A mãe ficou dois dias internada em observação após o parto. Para não ser vista nem fotografada, Suzane deu entrada na maternidade na madrugada e pelos fundos. Ela chegou aos corredores pelo ambulatório e seguiu diretamente para a enfermaria, sendo levada na sequência à sala de parto.
De acordo com Ulisses, Suzane expressa o desejo de ser mãe desde 2014, quando passou por avaliação criminológica no presídio de Tremembé. Durante uma conversa com uma psicóloga forense, ela manifestou receio de conquistar a liberdade após os 40 anos, alegando que engravidar seria mais difícil nessa idade. Em 2021, Suzane foi aprovada no vestibular e ingressou no curso de biomedicina na Universidade Anhanguera, localizada em Taubaté. Durante esse período, ela elaborou um trabalho acadêmico sobre maternidade intitulado “Os desafios da gestação tardia e a importância das tecnologias reprodutivas”.
Relembre o caso
A nome de Suzane ganhou notoriedade em 2002, quando junto com seu ex-namorado Daniel Cravinhos e o irmão dele, Cristian Cravinhos, ela foi condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais da jovem. O crime, inicialmente tratado como tentativa de assalto, revelou-se uma trama premeditada para garantir a herança da família, avaliada em R$ 10 milhões na época.
