Nesta quarta-feira, 25 de setembro, a Terra está se preparando para receber uma tempestade geomagnética resultante de uma explosão solar ocorrida no último domingo, dia 22 de setembro. Esse fenômeno pode causar interferências significativas em equipamentos eletrônicos e sistemas de comunicação, levando à necessidade de atenção especial de todos, principalmente nas áreas do hemisfério norte.
O que causou a tempestade?
O evento foi gerado por uma erupção solar classificada como M, originada da mancha solar AR3835. Esta região, que até então era considerada estável pelos cientistas, liberou uma quantidade significativa de plasma solar que se desloca a uma velocidade impressionante, ultrapassando 1 milhão de quilômetros por hora. A maior parte dessa massa coronal deve passar perto do nosso planeta, o que pode resultar em impactos tangenciais na magnetosfera, a barreira protetora da Terra contra radiações solares e cósmicas.
Efeitos da tempestade
Quando a magnetosfera é afetada por uma tempestade geomagnética, diversos sistemas eletrônicos podem sofrer interferências. A comunicação via satélites, as redes elétricas e até mesmo as navegações podem enfrentar problemas temporários. Entre os impactos estão:
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– Auroras boreais: É possível que auroras boreais sejam visíveis em latitudes mais altas, como no Canadá e na Escandinávia.
– Pequenas flutuações na rede elétrica: Em alguns locais, pode haver pequenas flutuações na rede elétrica, mas nada que cause grandes interrupções.
– Impactos em satélites: Satélites em órbita baixa podem ser levemente afetados, mas as agências espaciais já estão monitorando a situação.
Os efeitos dessa tempestade podem ser especialmente intensificados devido ao fenômeno conhecido como “efeito Russell-McPherron”, que descreve como a posição do Sol em relação à Terra durante os equinócios potencializa as tempestades magnéticas.
O efeito do equinócio
Os equinócios são momentos em que o dia e a noite têm durações iguais, e ocorrem em março e setembro. Durante esses períodos, o campo magnético da Terra se alinha de forma mais favorável com o campo magnético solar, facilitando o acúmulo de energia e aumentando a probabilidade de tempestades geomagnéticas mais intensas. Esse fenômeno foi proposto por pesquisadores em 1973 e continua a ser um tema relevante no estudo de eventos solares.
Características do Equinócio
Os equinócios acontecem duas vezes ao ano, durante os meses de março e setembro, quando a inclinação dos raios solares em relação ao equador é nula. Nesse momento, a incidência solar é diretamente sobre a Linha do Equador, resultando em dias e noites de quase mesma duração em ambos os hemisférios.
Esses eventos estão diretamente relacionados à órbita elíptica da Terra em torno do Sol. Durante o equinócio, a energia solar é distribuída de forma equilibrada, proporcionando condições semelhantes de luz e temperatura em diversas regiões do planeta.
Classificação da tempestade
De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a tempestade prevista para esta quarta-feira, 25 de stembro é classificada como moderada, situando-se entre as categorias G1 (menor) e G2 (moderada). Essa classificação é importante, pois ajuda a determinar a intensidade dos efeitos que podem ser esperados e a necessidade de medidas preventivas.
As regiões do norte da Terra devem estar particularmente atentas a possíveis interferências eletrônicas. Equipamentos sensíveis, como aqueles utilizados em aviação e navegação, podem ser impactados, portanto, é aconselhável que operadores de sistemas críticos adotem medidas de precaução. Além disso, a passagem do plasma solar pode proporcionar uma visão deslumbrante de auroras em áreas de alta latitude, uma oportunidade rara para os amantes da natureza e da astronomia.
