Turista morre após suspeita de picada de aranha marrom em restaurante na Bahia

Neste domingo, 14 de julho,  Cid Penha, de 65 anos, morreu após ter a perna picada por um animal e meio a uma viagem para Morro de São Paulo, região turística da cidade baiana de Cairu após fazer um passeio de lancha e jantar em um restaurante na localidade. A morte ocorreu após cinco dias do ataque do animal.

Cid Penha era jornalista, advogado e estava nos últimos semestres do curso de medicina. Ele morava em Santos, no litoral paulista, e estava em Morro de São Paulo a passeio com um grupo de amigos. Eles contam que, na última terça-feira, 9 de julho,  o grupo fez um passeio de lancha e jantou em um restaurante da região. Ao longo do jantar, ele reclamou da picada de um animal.

Até esta segunda, 15 de julho, a causa do falecimento do turista não havia sido identificada. Porém, de acordo com o G1 e TV Bahia, os amigos do idoso suspeitam que ele tenha sido vítima de ataque de uma aranha-marrom — aracnídeo peçonhento que produz veneno considerado nocivo para humanos. 

Os sintomas de Cid incluiam vermelhidão, dor e coloração escura na perna, que coincidem com os ocasionados pela picada de animais do tipo, que pode levar a morte quando não tratada no período certo, conforme informações do Serviço de Proteômica e Aracnídeos da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias (Funed).

O turista foi primeiramente atendido pela Unidade de Pronto Atendimento de Morro de São Paulo. Dessa forma, a Prefeitura da Cairu, se pronunciou em nota e afirmou que Cid Penha apresentava uma vermelhidão no membro inferior, sem causa definida. A suspeita era de "picada de inseto ainda não identificado".

"A equipe da vigilância sanitária (Visa), conjuntamente com equipes da Secretaria Municipal de Turismo e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, farão uma varredura em toda área onde ocorreu o possível incidente para averiguar o ocorrido", disse a Administração em nota. A Santa Casa de Valença, para onde ele foi encaminhado em seguida, descartou a mordida de aranha-marrom, devido à "raridade na região e considerando ainda que o paciente e seus acompanhantes não tinham certeza na indicação do animal", diz a nota.

Nesta terça-feira, 16 de julho, o corpo da vítima será levado para Santos,  Litoral de São Paulo, onde será velado e cremado.