A troca de bebês na maternidade é um dos pesadelos de quase todas as mães e basta uma única pesquisa no Google para verificar que o problema é real e só acumula casos. Por conta disso, o Ministério da Saúde pediu, em fevereiro de 2018, uma portaria que torna obrigatório o registro biométrico de nascimentos em maternidades. Desde janeiro deste ano, o Hospital da Polícia Militar de Belo Horizonte adota o uso biométrico da identificação de recém-nascidos, sendo o primeiro do Brasil a adotar essa prática.
A empresa que disponibilizou a tecnologia é de Campinas e se chama Griaule. Ela é responsável por coletar as impressões digitais do bebê, denominadas impressão palmar. Pois em vez de colocar os dedos individualmente no sensor para o registro, a mão toda do recém-nascido é escaneada. A precisão, segundo a empresa, é de quase 100%. Esse tipo de impressão é coletada logo que o bebê nasce e em seguida, os dados são vinculados aos da mãe.
João Weber, diretor da Griaule, afirma que o problema de troca de recém-nascidos em maternidade é grande no Brasil. “Muitas vezes a troca do bebê é descoberta apenas anos depois. É um problema frequente e não muito falado. Criamos a tecnologia para resolvê-lo”, disse Weber, em entrevista à EXAME. “O interessante é o impacto dessa tecnologia. Há muitos casos de tráfico de crianças pelo Brasil e de trocas em maternidades. São problemas ainda sem solução preventiva. A identificação biométrica faz frente a isso.”
O projeto também prevê o uso dos dados de biometria coletados para evitar fraudes de previdência na corporação.
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