A União Européia pretende ter as primeiras doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford contra o coronavírus em novembro, segundo dados obtidos pela Ansa. A Comissão assinou um contrato para comprar pelo menos 300 milhões de doses do imunizante e assim garantir o acesso ao medicamento para todos os habitantes do bloco, além de planejar distribuir a vacina em países em desenvolvimento.
Apesar das intenções da União, a vacina de Oxford segue na terceira e última fase de testes, que só tem previsão para acabar em junho de 2021. Mesmo assim, na última quarta-feira, 2 de setembro, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, disse que esperava as primeiras doses do imunizante até o final deste ano.
A farmacêutica responsável pela produção e distribuição da vacina, a anglo-sueca AstraZeneca, disse que pretende entregar os primeiros lotes ainda em 2020, apesar do andamento dos testes. Uma das mais promissoras do mundo, a ChAdOx1 nCoV-19 usa genes de chimpanzés para estimular uma resposta do sistema imunológico ao coronavírus. A vacina seguirá sendo testada no Brasil até o ano que vem.
Produção nacional
Em junho, Ministério da Saúde anunciou uma parceria com Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para a pesquisa e produção nacional da vacina desenvolvida por eles contra covid-19. O acordo inclui transferência de tecnologia e a compra de lotes da vacina para o uso no Brasil. Se a eficácia da vacina for comprovada, pelo menos 30 milhões de doses serão entregues em dois lotes: metade em dezembro de 2020 e a outra metade, em janeiro de 2021, com prioridade para os grupos de risco e profissionais da área da saúde.
“Neste primeiro momento o IFA (ingrediente farmacêutico ativo) vem pronto (do exterior). Ele vai ser processado e distribuído para a população brasileira”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto.