Sempre alerta! De acordo com um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, o uso de máscaras de proteção contra o coronavírus utilizada durante a pandemia, pode gerar uma resposta imunológica e até mesmo, reduzir a gravidade da doença causada nas pessoas.
O estudo, que foi publicado recentemente em um comentário no New England Journal of Medicine, diz que a máscara pode não impedir totalmente o contato com o vírus, mas reduz a carga viral. Ou seja, poderá fazer com que pessoas assintomáticas não evoluam para quadros graves, enquanto estimulam a produção de anticorpos contra a doença e, até mesmo, diminuiria a disseminação do vírus enquanto a população aguarda a eficácia de uma vacina.
A ideia explorada é inspirada em um conceito chamado variolação (Um tipo de imunização utilizada há séculos que consiste em introduzir secreções de pessoas infectadas pelo vírus em pessoas saudáveis). Vale ressaltar que o uso da máscara não substitui a imunização de uma vacina.
O estudo ainda diz que as máscaras não impedem completamente a contaminação pelo vírus e é possível que gotículas salivares ultrapassem a proteção, porém numa quantidade menor, o recebimento dessas gotículas em baixas quantidades poderia, portanto, segundo os pesquisadores, desenvolver uma resposta imunológica na população.
OMS faz nova recomendação sobre uso de máscara em crianças
Como forma de combater o novo coronavírus, a Organização Mundial da Saúde passou a adotar novas condições sobre o uso de máscaras em crianças. No comunicado, publicado na última sexta-feira, 21 de agosto, acima de 12 anos de idade é recomendado fazer o uso do acessório nas mesmas condições dos adultos.
Com uma série de recomendações, o uso das máscaras foi dividida em três grupos: crianças a partir de 12 anos, de 6 a 11 anos e menores de 5 anos, como forma de diminuir o contágio pelo vírus. Para isso, a OMS se reuniu com diversos especialistas para discutir as novas práticas a serem adotadas.
De acordo com o site da Organização é dito que: “A OMS e o UNICEF aconselham que as crianças a partir dos 12 anos usem máscara nas mesmas condições que os adultos, em particular quando não podem garantir uma distância de, pelo menos, 1 metro de outras pessoas e existe uma transmissão generalizada na área”.
Para as crianças de 6 a 11 anos, a decisão foi baseada nos seguintes fatores:
- Se há transmissão generalizada na área onde a criança reside
- A capacidade da criança de usar uma máscara de forma segura e adequada
- Acesso a máscaras, bem como lavagem e substituição de máscaras em determinados ambientes (como escolas e creches)
- Supervisão adequada de um adulto e instruções para a criança sobre como colocar, tirar e usar máscaras com segurança
- Impacto potencial do uso de máscara na aprendizagem e no desenvolvimento psicossocial, em consulta com professores, pais / responsáveis e / ou profissionais de saúde
- Configurações e interações específicas que a criança tem com outras pessoas que correm alto risco de desenvolver doenças graves, como idosos e pessoas com outras condições de saúde subjacentes
Já para o grupo de crianças menores de 5 anos, o uso da máscara não é obrigatório. A decisão foi tomada a partir dos quesitos de segurança, além da necessidade do mínimo de assistência adequada quanto à utilização do acessório.