A Pfizer e a BioNTech iniciaram um estudo internacional com 4 mil voluntárias para avaliar a eficiência e eficácia das vacinas contra Covid-19 em gestantes. A empresa anunciou o início dos testes na última quinta-feira, 18 de fevereiro, como apontado pela Agência Brasil.

O vice-presidente sênior de Pesquisa Clínica e Desenvolvimento da Pfizer, William Gruber, disse em entrevista que a companhia pode ter os resultados até o quarto trimestre de 2021. Ele apontou, ainda, que alguns dados registrados até o momento sugerem que mulheres grávidas que se infectam com a Covid-19 têm maiores chances de pegar a doença em um estágio mais grave.
Além disso, também há registro de complicações na gravidez decorrente do novo coronavírus, como foi o caso da modelo Romana Novais, no Brasil. Mundialmente, números apontam que as mulheres que contraíram Covid-19 na gestação tiveram um maior índice de partos prematuros do que as saudáveis.
O risco aumentado é o motivo pelo qual as agências reguladoras norte-americanas e conselheiros de saúde pública “estão interessados em conduzir o estudo – para que as pessoas possam ter as informações completas sobre o perfil de segurança”, disse Gruber. Apesar de ainda não saberem ao certo a eficácia do imunizante nas grávidas, alguns médicos já estão recomendando que gestantes que trabalhem em local de alto risco de contaminação tomem a vacina.
Testes em grávidas no Butantan
O Instituto Butantan também pretende fazer testes em gestantes e em crianças. Durante uma coletiva de imprensa realizada em janeiro, foi anunciado que as grávidas no terceiro trimestre e crianças e jovens de 3 a 17 anos irão participar futuramente de estudos para avaliar a eficácia da CoronaVac, a Vacina do Butantan. A notícia foi dada pelo diretor do Instituto, Dimas Covas, mas não foi divulgado quando a pesquisa irá começar. Até o momento se sabe que serão em torno de 500 voluntárias grávidas no estudo, intitulado Matercov. No entanto, o número de crianças e jovens para a realização da pesquisa não foi informado.