A vacina contra Alzheimer e demência que está sendo desenvolvida pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e pela Universidade de Flinders, na Austrália, deve ser testada em humanos até 2022. A novidade foi publicada no portal Alzheimer’s Research & Therapy após os testes em ratos serem bem-sucedidos. O principal objetivo dos pesquisadores é que o imunizante sirva de prevenção à doença.

A vacina deve atuar no combate à presença das proteínas tau hiperfosforiladas nos neurônios, substância que está diretamente ligada aos quadros de demência. Para isso, o medicamento deve remover aminoácidos chamados de “placas beta-amiloides (Aβ)” do cérebro.
“Em conjunto, essas descobertas justificam o desenvolvimento dessa estratégia de vacinação dupla, que é baseada na tecnologia, para que realizemos os testes finais de [prevenção da] doença de Alzheimer humana”, explicaram os autores responsáveis pelo estudo, Anahit Ghochikyan e Mathew Blurton-Jones, em comunicado.

Ainda segundo a publicação dos cientistas, nenhuma outra vacina ou remédio em progresso conseguiu combinar a prevenção das placas beta-amiloides (Aβ) e das proteínas tau hiperfosforiladas em um só medicamento. Assim, a boa resposta dos camundongos foi tida como um sinal positivo para os pesquisadores.
“Nossa abordagem visa cobrir todas as bases e superar os obstáculos anteriores na busca de uma terapia para diminuir o acúmulo de moléculas de Aβ/tau e atrasar a progressão do Alzheimer em um número crescente de pessoas em todo o mundo”, explicou Nikolai Petrovsky, outro membro da equipe.