Ter um intestino regulado faz muita diferença no funcionamento do organismo, na digestão, absorção de alimentos e até na produção de nutrientes e vitaminas¹. Mas você sabe que existem bactérias “do bem” e “do mal” que compõem a nossa flora intestinal? “Elas ajudam a regular o funcionamento intestinal e ainda estimulam nossa imunidade”, explica o pediatra Dr. Marcello Pedreira, pai de Giovanna e Gabriela.
Para manter um intestino saudável, é preciso ter essas bactérias em equilíbrio. “Diarreias frequentes e até mesmo infecções respiratórias de repetição ou alergias alimentares podem ser sinais de que a flora intestinal está desequilibrada”, explica o especialista.
E a flora intestinal das crianças merece ainda mais atenção: ao nascerem, os bebês têm pouquíssimas dessas bactérias em seu intestino e é ao longo dos dois ou três primeiros anos que acontece o amadurecimento da sua flora intestinal.¹ “No momento do parto normal, por exemplo, o bebê tem o primeiro contato com as bactérias benéficas presentes no canal vaginal da mãe”.
Segundo o especialista, o leite materno é muito rico em fibras prebióticas e bactérias do bem, que são extremamente importantes na formação de uma flora intestinal equilibrada na criança. “Na primeira mamada ao peito, o bebê ingere grande quantidade dessas fibras e bactérias benéficas e, dessa maneira, começará a formar uma flora intestinal saudável”, explica Marcello.
Para as crianças que não puderam nascer de parto normal ou que mamaram pouco ao peito, existem outras formas de estimular uma flora intestinal saudável, como, por exemplo, permitir que tenham contato com a natureza, estimular a ingestão adequada de fibras ou até mesmo discutir com o pediatra o uso de probióticos.²
Se você quer mais dicas para manter o intestino da família toda em dia, confira nosso bate-papo com o Dr. Marcello:
– Ref. 1: International Life Sciences Institute. Europe. Probióticos, Prebióticos e a Microbiota Intestinal, 2013.
Ref. 2: FAO/OMS. Probiotics in Food. Health and Nutritional Properties and Guidelines for Evaluation. In: FAO Food and Nutrition Paper 85, Roma, 2006.
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