A influenciadora digital Viih Tube, conhecida por sua presença nas redes sociais e já mãe de Lua, de 1 ano, compartilhou com seus seguidores um momento delicado em sua segunda gestação. Esperando um menino, fruto de seu relacionamento com Eliezer, ela revelou ter sofrido um descolamento de placenta, situação que despertou preocupações e cuidados redobrados.
O incidente ocorreu após uma virose contraída durante uma viagem a Porto de Galinhas, Pernambuco. Viih Tube detalhou o susto vivido ao perceber um sangramento intenso enquanto participava de uma reunião. “Era muito sangue. E aí eu vivi uma das piores sensações que eu já vivi na minha vida”, expressou a influenciadora através dos stories em seu perfil no Instagram nesta sexta-feira, 24 de maio.

Imediatamente buscando assistência médica na maternidade onde havia dado à luz anteriormente, Viih Tube passou por exames que confirmaram que o bebê estava saudável, momento que a levou às lágrimas de alívio.“Deu um alívio em mim, no Eli, em todo mundo. O bebê está bem, perfeito, saudável, e descobrimos que eu tive um descolamento de placenta”, contou.
Apesar do susto, os médicos asseguraram que o grau de descolamento sofrido não categoriza sua gravidez como de alto risco neste momento. No entanto, alertaram sobre a importância do repouso absoluto para evitar complicações.

“Meu descolamento foi só na beiradinha, mas se eu me estressar, pode aumentar o descolamento e se tornar uma gravidez mais difícil”, explicou. Diante disso, Viih Tube adotou um período de 15 dias de repouso total, o que exigiu o cancelamento de compromissos profissionais em prol da saúde da gestação.
Descolamento de placenta: entenda o que é
Conversamos com Élvio Floresti Junior, diretor do Centro Médico Floresti, pai de Gabriela e Guilherme, para entender o que é e como proceder nesses casos. “Chamamos de descolamento o acúmulo de sangue entre o útero e a placenta. Quando isso ocorre no início da gestação, nomeamos de descolamento ovular, porque a placenta só se forma após a décima semana de gestação”, explica o ginecologista. Caso isso aconteça no último trimestre, é grave e pode levar o feto ao óbito.
Não existe comprovação de causa. “Mas estar acima de 35 anos, ser fumante ou hipertensa são fatores que aumentam a probabilidade de ter a complicação”, alerta Élvio. Segundo o especialista, durante o primeiro trimestre, o risco existe para todas as mulheres. E caso haja uma queda hormonal ou algum impacto na gestante, as possibilidades crescem. “Nessas condições, o saco pode de alguma forma sofrer um hematoma, as chances de aborto, por causa do descolamento, aparecem”.

Se ocorre no primeiro trimestre, normalmente não há sintomas. “Pode ocorrer um sangramento ou cólicas uterinas”, exemplifica o médico. É importante ficar de olho na pressão arterial. Gestantes no último trimestre hipertensas ou portadoras de trombofilias têm mais risco.
“Para o descolamento ovular, não há um tratamento específico, o procedimento vai depender do médico e do tamanho e localização do hematoma”, comenta Élvio. De acordo com o ginecologista na maioria das vezes o tratamento consiste em repouso parcial (sem esforços físicos e sem relações sexuais) ou total, ficar deitada durante a maior parte do tempo. “O especialista também pode optar por progesterona ou analgésicos.”
O descolamento não afeta o desenvolvimento do bebê. O risco, apesar de pequeno, é provocar um aborto. “Quando isso acontece no final da gestação, o que chamamos de descolamento prematuro de placenta, normalmente temos que resolver imediatamente o parto sob risco de óbito fetal”, comenta Élvio. Para passar bem longe disso, procure conversar com o seu médico e seguir todas as orientações.