Um vira-lata conseguiu enganar uma família inteira após ser resgatada da rua no lugar do verdadeiro cachorro desaparecido. José Eduardo Ramos, 33, mora em Campo Grande no Rio Grande do Sul, e foi passear normalmente com Ikki pela rua, porém ao olhar para o lado viu que o cachorro havia desaparecido.
“Andei pelo bairro todo, não achei. Começamos a saga de procurar na internet, nas ruas”, relatou José Eduardo ao G1. Após dois dias do desaparecimento de Ikki, a chama da esperança de encontrar o animal invadiu o coração de José Eduardo. Em uma publicação na internet, José Eduardo encontrou um cachorro igual ao seu pet. “Liguei por vídeo, ele lambeu a tela do celular”, relatou.
O tutor saiu do bairro em que mora para ir buscar o que ele achava que seria Ikki. Contudo, o cachorro que estava indo para a casa, na verdade, era outro. Era o momento em que Paolo assumia a vida de Ikki. O novo integrante da família reconheceu todos na casa, até os gatos e a cachorra Pandora que tinha sido recentemente adotada.
“Na primeira noite quando foi resgatado, dormiu comigo e me abraçou com as duas patinhas. Não desgrudava por nada. Tipo por gratidão”, lembrou o tutor. Passados dois dias, o comportamento, apesar de muito semelhante, começou a levantar suspeitas no tutor, que estranhou o fato de Ikki subir no sofá. Após uma análise meticulosa em todas as manchinhas, a verdade caiu como uma bomba. “Ele enganou até minha avó”, comentou.
Devido ao problema neurológico que tem, Ikki se morde quando está muito nervoso ou feliz. Segundo José Eduardo, até nisso Paolo Bracho o imitou. O nome, uma referência à novela mexicana “A Usurpadora”, sucesso nos anos 90, caiu como uma luva no cachorrinho, que em nenhum momento estranhou a nova vida.
Mesmo com a felicidade proporcionada pela chegada de Paolo, José Eduardo não desistiu de encontrar o verdadeiro Ikki. E após quase uma semana do desaparecimento, Ikki foi encontrado no bairro Santa Carmélia. Mesmo com o retorno de Ikki, Paolo não teve sua permanência ameaçada. José pretende ficar com os dois cachorros, a não ser que o tutor do segundo apareça. “Agora, com calma, sem ansiedade, até minha avó vê que são diferentes”, riu.