
Anna Machin, antropóloga do Reino Unido, fez uma pesquisa que comprovou as mudanças que acontecem com os hormônios masculinos quando os homens se tornam pais. Com o intuito de querer que as pessoas entendam que esse tipo de mudança acontece tanto com as mães quanto com os pais, Anna diz que não se trata apenas de ser um “pai coruja“.
Em entrevista ao site Babyology, Anna diz que apenas 5% dos mamíferos que se tornam pais ficam por perto quando seus filhotes nascem, de modo que apenas os humanos têm esse costume de permanecerem perto. De acordo com Anna, quando um bebê nasce, os níveis de testosterona dos pais caem, em média, cerca de 30 a 40%.
Essa queda significa que o pai estará focado na paternidade e mais concentrado na família. Isso o torna mais sensível e empático com as necessidades do bebê. Segundo Anna, a testosterona também pode bloquear o impacto da dopamina e da ocitocina no cérebro, que são os principais produtos químicos de uma ligação.
Anna diz ao Babyology que os estereótipos de que a paternidade significa que o pai deve ser apenas o “provedor” e levar comida e pagar as contas da casa está sendo totalmente desconstruído. “A paternidade é uma construção cultural. Os pais de hoje em dia estão aprendendo a amar e demonstrar mais sentimentos pelos filhos”, explica.
A antropóloga conclui o estudo dizendo que é importante que os pais entendam que eles são tão necessários quanto as mães, na vida de uma criança. “Os pais desempenham papéis importantes, eles evoluem por um motivo. Eles não estariam ali a menos que tenham um papel a desempenhar na sobrevivência e sucesso daquela criança”, finaliza.
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