Rebeca Pires, de 21 anos, aluna do cursinho popular Mafalda (SP) e outros milhares de estudantes do Brasil tiveram a rotina de estudos prejudicada, devido ao pane global das Redes Sociais. Jovens afirmaram que não conseguiram tirar dúvidas com docentes e receber os links das aulas on-line.
“Faltam menos de dois meses para o Enem. Um dia sem estudar direito faz muita diferença”, relatou Rebecca ao portal de notícias G1, aflita pela situação. Ela receberia orientações do professor sobre a redação através do WhatsApp. “Eu estava aguardando esse retorno para já tirar minhas dúvidas”, continuou. “E é muito ruim não ter contato imediato com os meus mentores no cursinho. Esperar para só amanhã fazer uma pergunta sobre o que estou estudando agora é ruim. Passa o tempo, e a gente esquece”, concluiu.

A coordenadora, Talita Amaro, do cursinho em que Rebecca frequenta, relatou que, o WhatsApp se tornou uma plataforma essencial para o ensino online, especialmente para haver uma comunicação genuína entre alunos e professores. “Adolescentes não usam e-mail, quase ninguém vê o que a gente manda por lá. Os links das aulas são sempre enviados por mensagem. Não sei como vamos solucionar isso”, contou ao G1.
“Eu voltei para as aulas presenciais no colégio, mas continuo recebendo pelo celular todo o material de apoio para os estudos do Enem. Não vou conseguir ter aula à noite, no cursinho à distância, nem receber o conteúdo que os meus professores mandam pelo Whatsapp”, relatou outra estudante, Heloisa Rocha, de 17 anos, aluna de uma escola técnica de São Paulo.
Até o ensino superior é impactado, como relata Isadora Monteiro, de 19 anos, aluna de arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP). “Sou representante de sala e, todo dia, mando por Whatsapp o link da aula que teremos por Zoom [aplicativo de reuniões e chamadas on-line]. Hoje, não consegui enviar para o professor. Perdi uma aula importante porque apresentaria um projeto e tiraria as dúvidas. Vai atrasar tudo“, desabafou.