Durante participação no documentário, “Sullivan e Massadas: retratos e canções”, do Globoplay, Xuxa, de 60 anos, relembrou o relacionamento com Ayrton Senna e deu mais detalhes sobre a última conversa com o piloto.
Ela comentou que na noite anterior ao acidente, dia 30 de abril de 1994, ligou para o piloto. Ele já estava dormindo, mas acordou para anteder à ligação. Entre as conversas, a mãe de Sasha chegou a questionar a participação.
“Por que você vai para essa corrida? Não tem necessidade”, conta e complementa: “E eu falei no estúdio que segunda-feira iria atrás dele”. Dia 1º de maio, Senna não resistiu após colidir em uma barreira de concreto.
Quando tudo aconteceu, a apresentadora estava dormindo, mas comenta: “Isso ainda fica na minha cabeça. A gente ficou gravando até as três da manhã naquele dia e fui acordada na hora da corrida com várias pessoas me ligando dizendo que Senna tinha sofrido o acidente”.
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Xuxa assume falhas em seus antigos programas de TV
Xuxa Meneghel conversou com o The New York Times, o principal jornal dos Estados Unidos, sobre o documentário que vem fazendo sucesso na Globoplay. Chamada pela publicação de “Barbie do Brasil”, ela fez um mera culpa quando questionada a respeito da falta de representatividade em seus programas que, segundo a publicação, não mostrava a diversidade do povo brasileiro como deveria.
“Eu não via isso como errado naquela época. Hoje sabemos que está errado”, declarou a apresentadora. Para o NYT, as falhas aconteceram por decisões da ex-diretora Marlene Mattos, e também pela cultura brasileira da época. Sem fugir da responsabilidade, Xuxa disse que endossou muitas coisas que foram ao ar na época, embora não tenha sido responsável pela maioria das decisões.
A reportagem destaca que, assim como Xuxa, o elenco de seu programa era formado por meninas magras, loiras, brancas e, quase sempre, de olhos claros. “Xuxa já foi a maior estrela da TV brasileira. Agora muitos estão se perguntando se uma mulher branca, magra e loira era o ídolo certo para um país tão diverso”, diz o subtítulo da matéria, intitulada “Ela era a Barbie do Brasil. Agora ela está pedindo desculpas”.
“Nossa, que trauma eu botei na cabeça de algumas crianças. Mas eu endossei. Eu assinei embaixo”, lamentou a Rainha dos Baixinhos. Segundo o texto, “muitos, incluindo a própria Xuxa, questionam se o ideal limitado que ela representava era uma influência positiva no Brasil, país com uma população majoritariamente negra e que enfrenta um debate nacional sobre o que é considerado belo e quem foi apagado da cultura popular”, afirma.
“Não é culpa do ‘Show da Xuxa’. O que está em falta é tudo o que nos foi repassado normalmente”, completou ela. Xuxa ainda disse que também estava sujeita a ideais de beleza cruéis. “Desde pequena, fui vista como um pedaço de carne”, afirmou. De acordo com ela, ela foi instruída a perder peso, forçada a fazer cirurgia plástica e proibida de cortar o cabelo. “Uma boneca tem que ter cabelo comprido”, relembrou a apresentadora.