O empresário Alexandre Correa, conhecido por seu relacionamento anterior com a apresentadora Ana Hickmann, foi condenado a três anos de prisão após acusações públicas feitas contra o chef e apresentador Eduardo Guedes. A decisão foi tomada pela 4ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo.
Justiça entende que houve abuso na liberdade de expressão
De acordo com os autos do processo, a juíza responsável entendeu que Correa foi além do que a liberdade de expressão permite. “Imputando a Guedes a prática de atos criminosos”, diz um trecho da sentença, oficializada na última quinta-feira, dia 12 de junho.
A alegação é de que as declarações do empresário não tinham fundamento e foram feitas com o intuito de atacar a reputação de Guedes. A reportagem original do site LeoDias teve acesso à decisão em primeira mão, e a equipe de comunicação do apresentador confirmou a veracidade da condenação.
Acusações públicas resultam em condenação criminal
O caso analisado envolve uma série de ofensas verbais e acusações lançadas por Correa contra Guedes em meios públicos. Segundo o tribunal, não houve preocupação em verificar se as informações eram verdadeiras ou não. O principal objetivo, segundo o documento, era comprometer a imagem e a honra de Guedes.
“A prática de atos criminosos foi imputada a Eduardo Guedes de forma genérica e sem se preocupar com a veracidade ou não das informações, mas com a nítida intenção de ofender a sua honra”, consta na decisão judicial.
Esta não é a única queixa contra Alexandre Correa
Esse processo representa apenas uma parte de um conjunto maior de ações que vêm sendo movidas contra Correa. Existem outras queixas-crime em andamento relacionadas a comportamentos semelhantes. A Justiça tem analisado cada caso com base na gravidade das declarações e nos impactos causados às vítimas.
Liberdade de expressão não é escudo para calúnia
A sentença serve como um alerta importante: a liberdade de expressão tem limites. O direito de opinar não pode ser confundido com a autorização para propagar acusações sem provas. Quando há intenção de ferir a dignidade de outra pessoa, a Justiça pode — e deve — intervir.
No contexto jurídico, ficou claro que as falas de Correa ultrapassaram o que seria considerado uma crítica ou opinião pessoal. A condenação a três anos de reclusão reforça a responsabilidade que figuras públicas têm sobre o que dizem, especialmente quando utilizam plataformas de grande alcance.